terça-feira, 31 de maio de 2011

PÃO COM MANTEIGA (autor desconhecido)

Esta pequena história pode ser aplicada no relacionamento entre casais, entre pais e filhos, amigos, colegas, etc.

Esta é a história de um casal que todos os dias, tomava o pequeno-almoço juntos. No dia das suas Bodas de Prata, a mulher passou a manteiga na casca do pão, pensando:

- "Eu sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demasiado o meu marido e durante 25 anos dei-lhe o miolo. Hoje quero satisfazer o meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez."

E entregou a casca ao marido, ficando com o miolo. Para sua surpresa, no rosto do marido abriu-se um largo sorriso e ele disse-lhe:

"Muito obrigado por este presente, meu amor! Durante 25 anos desejei comer a casca do pão, mas como tu sempre gostaste tanto dela, jamais ousei pedir-te!"

Moral da história:
1. É preciso dizer claramente o que se deseja, não espere que o outro adivinhe.
2. Pode mesmo pensar que está a fazer o melhor para o outro, mas o outro pode esperar algo totalmente diferente de si.
3. Deixe-o falar, peça-lhe para falar e quando não entender o que o outro diz, não traduza. Peça que explique melhor. Enfim, saia do eu acho, do eu penso que ele pensa que eu penso, se eu disser isto ele vai dizer aquilo, etc.
4. Quando descobrir o que o outro deseja verdadeiramente, não se culpe por ter ficado 25 anos sem saber. Apenas acolha a descoberta e siga em frente. Permita-se ser feliz.
PS: Tão simples como um pão com manteiga!
" Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar "

A 13 de Maio na cova de Iria....

       No encerramento do Mês de Maria, que é coroado com a Festa da Visitação, deixamos o Avé de Fátima, pelo Grupo Coral do Santuário de Fátima, cantado na sua versão original, e a procissão do Adeus.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Abrão, Isaac e opção pela Vida - Gn 21,8-21

       Algum tempo depois, Deus colocou à prova a fé de Abraão. “Pega no teu filho Isaac” – disse Deus, “o filho que tanto amas. Vai até ao cimo de uma montanha na terra de Moriá. Aí, deves sacrificá-lo em meu nome”.
       Abraão não questionou aquilo que escutara. A prática de sacrificar crianças não era estranha entre alguns dos povos vizinhos. Na manhã seguinte, cortou lenha para a fogueira, albardou o jumento e partiu para a montanha com Isaac e dois servos. Ele tinha-os informado que iria fazer um sacrifício, não havia explicado mais nada.
       À medida que se aproximavam da montanha, Abraão pediu aos servos para esperar com o jumento, enquanto ele e Isaac iriam prosseguir com a cerimónia.
       Isaac transportou a lenha. Abraão levava uma faca e um pote com brasas para acender a fogueira.
       “Oh, sabeis do que nos esquecemos?” – perguntou Isaac. – “Não temos o cordeiro para o sacrifício!”
       “Deus tratará de arranjar um” – respondeu Abraão, lacónico.
       Os dois continuaram a subir. No cimo da montanha, Abraão construiu um altar em pedra e deitou sobre este a lenha. Subitamente, agarrou Isaac com violência, amarrou-o e deitou-o em cima do altar. Levantou a sua faca. “Abraão” – chamou Deus.
       “Aqui me tendes” – respondeu Abraão. “Não magoes o teu filho” – disse Deus. “Tudo isto Me provou que estás disposto a obedecer-me”. Abraão baixou a faca. Olhou à sua volta. Atrás de si encontrava-se um carneiro selvagem, preso num silvado. Abraão desamarrou o seu filho e sacrificou o carneiro. O seu amado filho estava salvo. “A partir de agora” – disse Deus, “podeis estar certo de que abençoarei o teu filho e os filhos do teu filho por todas as gerações vindouras”.

 Mónica Aleixo, in Boletim Voz Jovem, maio 2011.

A Rocha

domingo, 29 de maio de 2011

sábado, 28 de maio de 2011

VI Domingo da Páscoa - 29 de maio de 2011

       1 Disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos... Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver-Me-eis, porque Eu vivo e vós vivereis... Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
        Jesus é um grande pedagogo. Guia-nos pela mão para que possamos captar a Sua mensagem. Quando as palavras podem ser dúbias, apresenta-nos exemplos, imagens, comparações, parábolas. Permitindo-nos também uma escolha, pessoal, livre, despreconceituosa. Deixa margem para que possamos dizer não, ou para que sintamos que o nosso sim é mesmo nosso, é interior. Não se impõe, mas também não lava as mãos, oferece-Se por nós e coloca-nos diante de uma proposta de vida. A Sua tolerância não é de todo indiferença, mas acolhimento, compreensão, perdão, desafio. É Amor. Quer o nosso sim, mas como o Pai, também Jesus age numa dinâmica paterna, respeita o nosso não, ou dá-nos tempo para repensarmos, está sempre disponível, espera por nós, impele-nos para Ele, sem forçar.
       Quando sabe próxima a Sua hora, como morte e entrega, mas também como ressurreição/ascensão ao Céu, Jesus não deixa os Seus discípulos às escuras, em incerteza absoluta. A incerteza pode provocar medo e este por sua vez pode tornar-se uma fonte de poder e de controlo. Jesus deixa claro os tormentos por que vai passar, e a que estarão sujeitos os que O seguirem. Para que mais à frente não se sintam defraudados. Mas e ao mesmo tempo, a garantia que a Sua morte, como a Sua ascensão aos Céus, não será um abandono, mas um "até já", Ele enviará o Espírito Santo Consolador.
       Mais, Ele fica connosco se guardarmos os Seus mandamentos. É a oportunidade para Lhe mostrarmos o quanto O amamos, e a certeza que Ele e o Pai permanecem em  nós, fazem em nós a Sua morada.

       2 São Pedro sustenta o fundamento da justiça e do bem: Jesus Cristo. O bem deverá ser o horizonte de todo o crente, mesmo que implique, por vezes, a perseguição, a prisão e a própria morte!
       A este propósito, São Pedro, na sua primeira epístola, é categórico: "... Mais vale padecer por fazer o bem, se for essa a vontade de Deus, do que por fazer o mal. Na verdade, Cristo morreu uma só vez pelos nossos pecados o Justo pelos injustos para nos conduzir a Deus. Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito".
       Com efeito, Jesus, prosseguindo a vontade de Deus, passando pelo mundo fazendo o bem, optando pela verdade e pela justiça, é morto. Mas morre pelo Seu projecto de amor para com toda a humanidade. Na cruz, todos nós fomos/somos redimidos. Cumpre com a vontade de Deus. E a vontade de Deus é que leve até às últimas consequências o amor, a entrega por amor, mesmo que as últimas consequências signifiquem a morte.
       Assim como Jesus Cristo em relação a nós, também nós, pela nossa parte, deveremos prosseguir com o bem, mesmo que isso acarrete padecimentos. Sabendo, por outro lado, que Jesus Cristo está vivo e a agir em nós e no mundo através do Espírito Santo.

       3 O início da Igreja é fulgurante, se pensarmos no número de discípulos e nos meios disponíveis para o anúncio da Palavra de Deus. Para se deslocarem de terra em terra precisavam de dias, de semanas, ou mesmo anos. Mas o que é certo, depois da ressurreição/ascensão de Jesus aos Céus, os discípulos espalham a boa notícia em Jerusalém e arredores.
       A perseguição a que estão sujeitos a partir daquela que deveria ser a cidade principal do cristianismo, Jerusalém e foi-o nos primeiros tempos , vai acelerar a evangelização. Obrigados a abandonar a cidade santa, vislumbram uma nova oportunidade para testemunhar em nome de Jesus Cristo, falando dos Seus tormentos e sobretudo do Seu projecto de amor para com todos.
       O Livro dos Actos dos Apóstolos, que nos narra os progressos da evangelização, hoje, fala-nos de Filipe e como este espalha a boa nova, seguindo-se a ligação à Igreja-Mãe no apostolado de Pedro e de João.
       "Filipe desceu a uma cidade da Samaria e começou a pregar o Messias àquela gente. As multidões aderiam unanimemente às palavras de Filipe, ao ouvi-las e ao ver os milagres que fazia... houve muita alegria naquela cidade. Quando os Apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram dizer que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João. Quando chegaram lá, rezaram pelos samaritanos, para que recebessem o Espírito Santo, que ainda não tinha descido sobre eles. Então impunham lhes as mãos e eles recebiam o Espírito Santo".
        No cristianismo o que se recebe de graça, de graça se dá, se comunica. E desta forma, os Apóstolos comunicam o Espírito Santo que receberam de Jesus Cristo, para que todos os que adiram a Jesus possuam o Espírito de Deus e se convertam em suas testemunhas.

Textos para a Eucaristia (ano A): Act 8,5-8.14-17; 1 Ped 3,15-18; Jo 14,15-21 

JDJ, Bem-aventuranças, Peregrinação...

       Há fins de semanas assim, preenchidos, com uma actividade paroquial intensa, envolvendo grupos diferentes, mas com a mesma preocupação: viver Jesus Cristo.

XXVI Jornada Diocesana da Juventude:
       Realiza-se, hoje, na paróquia do Touro, em Vila Nova de Paiva, com o tema das Jornadas Mundiais a realizar em Madrid: "Enraizados em Cristo, firmes na Fé". Para consultar a página do SDPJ Lamego: AQUI.
       Deste Espaço Paroquial, 20 pessoas, incluindo as catequistas do 10.º e do 9.º anos de catequese. De Távora, 4 jovens, que celebraram o Crisma há pouco tempo; de Tabuaço, os restantes, a partir do 10.º, do 9.º e do 8.º ano (elementos que têm a mesma idade dos do 9.º Ano) e os que celebraram o Crisma no dia 5 de Dezembro de 2010.

Festa das Bem-aventuranças:
       As Festas da catequese estendem-se ao longo dos meses de Maio e de Junho. Hoje é a vez dos adolescentes do 7.º ano de Catequese realizarem a sua festa, acentuando as Bem-aventuranças como um programa de vida, para eles e para todos os cristãos. A celebração Eucarística será assim enriquecida com esta dedicação especial.

Peregrinação Arciprestal ao Sabroso:
       O Santuário de Santa Maria do Sabroso, na paróquia de Barcos, continuam a ser um lugar de peregrinação. Ao longo dos anos, com mais ou menos envolvência das comunidades paroquiais do Concelho/Arciprestado, realiza-se a Peregrinação anual, sempre no último domingo de Maio.
       A Paróquia de Tabuaço (bem como as pertencentes a este espaço pastoral) estará presente. Hoje, participará, fazendo peregrinação a pé, primeiro até Barcos, onde prosseguirá para o Santuário do Sabroso, com as pessoas de Barcos. Amanhã, a celebração da Santa Missa e a Consagração a Nossa Senhora.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Santidade não passa de moda

       1 – Nas palavras de Bento XVI: “A santidade não passa de moda, por isso, com o decorrer do tempo, resplandece de forma luminosa e manifesta a tensão perene do homem em relação a Deus”.
       A santidade, porém, não é uma escolha alternativa a outras, é a vocação primordial do cristão. Não é uma utopia, um ideal inatingível, é um compromisso da fé com a vida, com o mundo, com as pessoas, um caminhar constante para a felicidade.
       No Evangelho, Jesus é bem claro: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está no Céu” (Mt 5,48). A santidade não é um capricho de alguns ou de outros tempos, é a forma de ser daqueles que querem ser seguidores de Jesus Cristo.
       O Concílio Vaticano II acentua a vocação universal à santidade: “todos os cristãos, de qualquer condição ou estado, são chamados pelo Senhor a procurarem, cada um por seu caminho, a perfeição daquela santidade pela qual o Pai celeste é perfeito” (Lumen Gentium, 11).

       2 – O mês de Maio, já tão rico e belo, pela devoção e acolhimento a Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa, foi enriquecido por duas beatificações: João Paulo II, a 1 de Maio, em Roma, e de Maria Clara do Menino Jesus, a 21 de Maio, em Lisboa.
        Karol Wojtyla nasceu na Polónia, em Wadowice (Kracóvia), no dia 18 de Maio de 1920, sendo eleito Papa a 16 de Outubro de 1978. Morreu a 2 de Abril de 2005.
       A Polónia é espezinhada pelo poder nazista, durante a 2.ª Guerra Mundial, para logo depois ser dominada pelo comunismo. Duas ideologias que amordaçam a liberdade e a identidade das pessoas e do país. São experiências que marcam. Como Bispo e depois como Papa, João Paulo II pugnará pela liberdade de expressão e pela liberdade religiosa.
       O seu carisma e o testemunho da sua vida, tornam mais apelativa a Mensagem de Jesus e da Igreja. Um Papa global ao encontro das pessoas e dos povos, atento aos mais débeis, desafiando as autoridades e os poderosos para a urgência da paz e da justiça… Até no sofrimento, se tornou imagem de Jesus Cristo sofredor, pronto a testemunhar a Sua fé em toda a parte e em todas as circunstâncias.

       3 – Libânia do Carmo Telles de Albuquerque, nasceu na Amadora em 1843 e faleceu em Lisboa em 1 de Dezembro de 1899.
        Dos três grandes ataques do Liberalismo contra a Igreja, a Mãe Clara esteve directamente envolvida em dois deles. No entanto, quando a lei proibiu as Ordens religiosas, Madre Clara fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, em 1871, atingindo um rápido florescimento.
       Saliente-se a atenção privilegiada aos milhares e milhares de pobres, doentes, desamparados, crianças e infelizes. Em tempo de perseguição sobrevém a caridade e a presença carinhosa de Deus através da Mãe Clara do Menino de Jesus. Ela é o sorriso de Deus que escarnece dos maçons portugueses, nessa época conturbada de perseguição feroz à Igreja.
       Diz João César das Neves, na Agência Ecclesia, “a vida e obra da Mãe Clara é um milagre do humor de Deus, que sorri com amor perante os esbracejos dos homens que O querem atacar, e responde às perseguições com carinho pelos pobres”.

       4 – No que se refere a Portugal e recentemente, a beatificação de Jacinta e Francisco, em Fátima, a 13 de Maio de 2000; da Irmã Rita Amada de Jesus, a 24 de Abril de 2005, e a canonização de Nuno de Santa Maria de Portugal, a 29 de Abril de 2009, ambos no Vaticano.
       Afinal a santidade mora aqui, também neste jardim à beira mar plantado. Pode morar em nós…

Boletim Paroquial Voz Jovem, Maio 2011.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O mestre e o escorpião

       «Um mestre do Oriente passeava junto ao rio, quando viu que um escorpião se estava a afogar e decidiu tirá-lo da água; mas quando o fez, o escorpião picou-o. Numa reacção instintiva à dor provocada pela picada, o mestre largou o animal que voltou a cair à agua e rapidamente se estava a afogar. O mestre tentou novamente salvá-lo, mas voltou a ser picado.
       Alguém que estava a observar a cena aproximou-se do mestre e disse-lhe:"Desculpe-me, mas o senhor é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?"
       O mestre respondeu: "A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar”. Então, com a ajuda de uma folha, o mestre tirou o escorpião da água e salvou a sua vida.»

Autor desconhecido, in Abrigo dos Sábios.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Bento XVI falou com Astronautas...

       Bento XVI tornou-se, no passado sábado, 21 de maio, o primeiro Papa a comunicar com astronautas em missão espacial, considerando-os “representantes da humanidade numa exploração que introduz novos espaços e possibilidades de futuro”.
       “Admiramos a valentia, a disciplina e a extrema responsabilidade com que se preparam para esta missão e estamos convencidos de que tem como finalidade colocar os resultados à disposição do bem comum” sublinhou o Papa, numa conversa via satélite com 12 tripulantes da Estação Espacial Internacional, e transmitida em direto da Biblioteca do Vaticano.
       Segundo a Rádio Vaticano, “o modo como a ciência pode contribuir para a causa da paz” ou a responsabilidade que os seres humanos têm sobre o futuro do planeta, ajudando a desenvolver uma maior “consciência” ambiental, foram alguns dos temas abordados, durante os cerca de 20 minutos de ligação.
       Entre os elementos que se encontravam no vaivém espacial Endeavour seguiam dois astronautas italianos, Robeto Vittori e Paolo Nespoli.
       Bento XVI disse acreditar que se trata de uma “aventura do espírito humano, um poderoso estimulo para refletir sobre a origem e o futuro do universo e da humanidade”.
       Mostrou-se também curioso sobre se, no meio do “intenso compromisso de trabalho e pesquisa”, existem momentos de “oração ao Criador”.
       “Quando temos um momento para olhar para baixo, a beleza tridimensional do nosso planeta captura o nosso coração” explicou Roberto Vittori, que confirmou rezar “por si, pela família e pelo futuro.
       O Papa terminou este “colóquio espacial” expressando os “melhores desejos para o desenvolvimento do trabalho e pelo resultado desta grande missão ao serviço da ciência, da colaboração internacional, do progresso autêntico e da paz”.
       “Continuarei a segui-los com o meu pensamento e a minha oração”, conclui Bento XVI.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Abençoa, Senhor, o espírito quebrado!

Abençoa o espírito quebrado
de quem sofre a pesada solidão dos homens;
o ser que não conhece repouso,
o sofrimento que nunca confiamos
a ninguém.

Abençoa o cortejo
destes noctívagos
que não amedronta o espectro
dos caminhos desconhecidos.

Abençoa a miséria dos homens
que morrem nesta hora.
Dá-lhes, meu Deus,
um bom fim.

Abençoa, Senhor, os corações,
os corações amargos,
antes de tudo.
Dá aos doentes
o alívio,
ensina o esquecimento
àqueles que privaste
do seu bem mais querido.
Não deixes ninguém na terra inteira
na angústia.

Abençoa os que estão na alegria,
protege-os, Senhor.
A mim, até hoje,
nunca livraste da tristeza,
por vezes, ela pesa muito.
Entretanto, dá-me a tua força
e assim posso aguentá-la.
EDITH STEIN, in O Povo de Rio Tinto, n.º 284, Abril 2011

Si es Democracia no entiendo por qué es la mayoría quien pierde

       Como é possível que numa Democracia moderna seja a maioria a perder? Como é possível manifestar-se sem violência? Por que é que em tempo de crise, as classes dirigentes continuem a ter todo o tipo de privilégios, havendo cada vez mais famílias com hipotecas, sem emprego, com filhos para criar?
       O grito mudo:
       Veja, escute e reflicta: jovens espanhóis (e também portugueses) na Praça do Sol AQUI. Postado a partir de Padres Inquietos: Espanha, revolução moral

Quem Me ama guardará a minha palavra

       Jesus respondeu-lhe: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse- vos estas coisas, enquanto estava convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse» (Jo 14, 21-26).
        Jesus, no diálogo permanente com os seus discípulos dá-lhes sinais claros do que será a vida futura, anunciando o positivo mas também as dificuldades e provações, sempre com a certeza de que Ele está perto. Vai para junto do Pai, ficando ainda mais próximo, pelo Espírito Santo que Ele enviará.
       Para "testarmos" a a presença de Deus em nós, basta cumprir fielmente a Palavra que Ele nos deixa. Quem cumprir será morada de Deus.

domingo, 22 de maio de 2011

Festa do CREDO 2011 - Tabuaço

       Mais um sábado e mais uma festa da Catequese, desta feita, a Festa do Credo, dos meninos e meninas do 5.º Ano de Catequese. A música (de inspiração cristã) é do grupo Laetare, com o CD editado "Ao Teu sopro", e com o tema: Desce sobre nós. Aqui ficam algumas das imagens, em formato de diaporama/filme.

sábado, 21 de maio de 2011

V Domingo da Páscoa - 22 de maio de 2011

       1 «Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim. Se Me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. Mas desde agora já O conheceis e já O vistes». A resposta de Jesus a Tomé e a Filipe deixa clarividente que Jesus é o ROSTO de DEUS. Já não vivemos nas trevas, ou à media luz, vivemos no dia, na luz, no tempo em que Jesus nos dá a conhecer o próprio Deus. Disse-Lhe Filipe: «Senhor, mostra-nos o Pai e isto nos basta». Respondeu-lhe Jesus: «Há tanto tempo que estou convosco e não Me conheces, Filipe? Quem Me vê, vê o Pai...».
        Sublinhe-se, uma vez mais, que o cristianismo não é uma Religião do Livro (a Bíblia), ou um conjunto de verdades, de leis, de decretos, mas é antes de mais e sobretudo, uma PESSOA e um acontecimento, Jesus Cristo com o mistério da Sua morte e Ressurreição, momento pelo qual nos oferece a Deus, redimindo-nos de todo o mal, e (re)colocando-nos em Deus.
       E nem a Sua ascensão ao Céus O afastará do mundo e sobretudo das pessoas: «Não se perturbe o vosso coração. Se acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Em casa de meu Pai há muitas moradas...". Vai para junto do Pai, preparar a nosso morada, mas ainda mais próximo de cada um. Daí a nossa alegria, por sabermos que - tal como Deus Seu e nosso Pai - Ele ficará agora mais disponível, sem as limitações espácio-temporais.
       Ele é o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA. N'Ele a garantia que o nosso presente e futuro estão assegurados. E se é certo que há tantos caminhos quantas as pessoas, como há alguns anos o referiu o então Cardeal Ratzinger. Cada um acolhe a fé à sua maneira, encaminhando-nos todos para Ele, o nosso caminho, caminho da Igreja, caminho da humanidade.

       2 Com efeito, isto é tanto assim, que depois da ressurreição/ascensão de Jesus, os Apóstolos não ficam paralisados pelo medo anterior mas sentem-se animados pelo Espírito de Jesus Cristo e, destemidamente, testemunham a presença de Cristo vivo em cada um, nas comunidades crentes, nos sacramentos, no bem a promover.
       E cedo começam a ver que as limitações pessoais são superadas pela força do Espírito Santo. Os frutos aparecem. Novas necessidades, novas dificuldades, novas potencialidades.
       "Aumentando o número dos discípulos, os helenistas começaram a murmurar contra os hebreus, porque no serviço diário não se fazia caso das suas viúvas. Então os Doze convocaram a assembleia dos discípulos e disseram: «Não convém que deixemos de pregar a palavra de Deus, para servirmos às mesas. Escolhei entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, para lhes confiarmos esse cargo. Quanto a nós, vamos dedicar-nos totalmente à oração e ao ministério da palavra»".
       O importante, em cada nova situação, é confiar em Deus e deixar que Ele seja protagonista. Quando assim acontece, as dificuldades tornam-se novo ponto de partida para o anúncio do Reino e para a solidificação do Evangelho.
       Mais pessoas a quem atender, sem secundarizar o anúncio da Palavra de Deus.
       São escolhidos 7 homens, honrados, justos, de entre a comunidade. Surgem os diáconos (= aquele que serve... serviço das mesas = caridade). A dimensão caritativa não é dispensável, não é acessória, não é engavetável, é o rosto da Igreja, porque é também o rosto de Jesus Cristo. Ele não vem para ser servido mas para servir. Diante dos discípulos para lhes lavar os pés, a reafirmação: assim como Eu vos fiz, fazei-o também vós uns aos outros. Ele é o caminho a percorrer. Mas cada pessoa, como rosto de Cristo para este tempo, é caminho para a salvação.

       3 "Aproximai-vos do Senhor, que é a pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus. E vós mesmos, como pedras vivas, entrai na construção deste templo espiritual, para constituirdes um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo..."
       Cada um de nós faz o seu caminho.
       Caminhamos juntos, mas não uns em vez dos outros!
       Temos uma identidade, preocupações e anseios específicos, sonhos e projectos determinados. Como crentes, somos pedras vivas. Cada um de nós é peça importante na construção do Reino de Deus. Contudo, o nosso caminho, como cristãos, há-de levar-nos a Jesus Cristo, é Ele a Pedra Viva, preciosa aos olhos de Deus. E assim, como referido no início, o nosso caminho, na sua dinâmica pessoal, vai-se aproximando de Jesus Cristo, o Caminho, a Verdade e a Vida, inserido-nos assim na comunidade crente, na dinâmica comunitária da fé. Juntos formamos o Corpo de Cristo que é a Igreja, como pedras vivas, formamos o Templo santo do Senhor.
       Cada um de nós faz o seu caminho.
       Caminhamos juntos, mas não uns em vez dos outros!
       Olhando para o lado, não vendo ninguém, o caminho torna-se desértico, arenoso.
       Mas com os outros, e com Deus no nosso caminho, tudo se torna mais luminoso, mais seguro, ainda que as dificuldades persistam. Sabemos com Quem caminhamos e para onde vamos. O nosso caminhar torna-se mais decidido.

Textos para a Eucaristia (ano A): Act 6, 1-7; 1 Ped 2, 4-9; Jo 14, 1-12.

Bento XVI - Pater Noster

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pai: estou a ver-te, todos os dias!

       Esta é uma belíssima carta de um filho para um pai, poderia ser de um aluno para um professor, de um discípulo para um mestre.

Postado a partir de Padres Inquietos.

Qual dos seus filhos ama mais?

       Um dia perguntei a uma mãe:
       - Qual dos seus filhos ama mais?
       Ela respondei-me:
       "- Gosto daquele que partiu para longe, desejando que regresse o mais depressa a casa.
       - Gosto daquele que está doente no hospital, desejando que recupere o mais depressa a saúde.
       - Gosto daquele que anda aflito com um grande problema, não descansando enquanto não o resolver.
       - Gosto daquele que está na prisão, visitando-o e desejando que recupere depressa a liberdade.
       - Gosto daquele que se porta mal, rezando todos os dias para que se arrependa e mude de vida.
       - Gosto daquele que sofre por ser deficiente, a quem dou todo o meu amor de mãe para que se sinta feliz.
       - Gosto daquele que me faz derramar lágrimas de sofrimento, pois seu que necessita de mim".

in Revista Juvenil, n.º 546, Maio 2011.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Maria Clara do Menino Jesus: vida e obra

       Vai ser beatificada no próximoSábado, no Estádio de Futebol do Restelo, em Lisboa. Fica aqui a descrição biográfica feita pelo programa Ecclesia (Agência Ecclesia):

Não contar só com a ganância do padeiro

Hoje são os próprios economistas a recordar-nos que temos de enriquecer as nossas existências por outros meios e em outras dimensões. Por exemplo, a espiritual.
       Um dos clássicos da economia moderna, Adam Smith, resumia desta maneira pragmática o funcionamento do sistema económico: devemos o nosso pão fresco diário não ao altruísmo do padeiro, mas  à sua ganância.  É graças à ambição do ganho, que os bens de que precisamos chegam às prateleiras dos supermercados. Esse dado é, de resto, comummente aceite e consensualmente aceitável.
       O facto que hoje se coloca, sempre com maior urgência, é, porém, de outra natureza. Claro que não perde validade a justa expectativa de que a atividade laboral produza o seu lucro, mas o que se coloca às nossas sociedades é a questão da sua capacidade para resolver, ainda que de modo não completamente perfeito, os desequilíbrios que elas próprias geram e que ameaçam a sua preservação. Ora, este processo de reajuste e maturação do sistema não parece que possa ficar unicamente dependente daquilo que Adam Smith chamou “a ganância do padeiro”.
       A difícil situação atual mostra-nos, sem margem para hesitações, como se tornou urgente e vital introduzir alternativas de fundo num campo que é económico e financeiro, mas também é humano e cultural. Nesse sentido, vale a pena olhar para os três pontos propostos recentemente por Tim Jackson, professor da Universidade de Surrey, que nos desafia a redefinirmos o que entendemos por prosperidade.
       O primeiro ponto prende-se com a necessidade de nos consciencializarmos todos de que o crescimento económico tem limites. O segundo passa por aceitarmos distribuir os lucros não apenas segundo critérios financeiros, mas também em função de um benefício social e ambiental. O terceiro ponto diz-nos que é preciso mudar a lógica cultural dominante, que identifica prosperidade com enriquecimento material.
       Hoje são os próprios economistas a recordar-nos que temos de enriquecer as nossas existências por outros meios e em outras dimensões. Por exemplo, a espiritual.

José Tolentino Mendonça, in Editorial da Agência Ecclesia.

Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel

       Paulo levantou-se, fez sinal com a mão e disse: «Homens de Israel e vós que temeis a Deus, escutai: O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos pais e fez deles um grande povo, quando viviam como estrangeiros na terra do Egipto. Com seu braço poderoso tirou-os de lá e durante quarenta anos sustentou-os no deserto e, depois de exterminadas sete nações na terra de Canaã, deu essas terras como herança ao seu povo. Tudo isto durou cerca de quatrocentos e cinquenta anos. Em seguida, deu-lhes juízes até ao profeta Samuel. Então o povo pediu um rei e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos. Depois, tendo-o rejeitado, suscitou-lhes David como rei, de quem deu este testemunho: ‘Encontrei David, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará sempre a minha vontade’. Da sua descendência, como prometera, Deus fez nascer Jesus, o Salvador de Israel. João tinha proclamado, antes da sua vinda, um baptismo de penitência a todo o povo de Israel. Prestes a terminar a sua carreira, João dizia: ‘Eu não sou quem julgais; mas depois de mim, vai chegar Alguém, a quem eu não sou digno de desatar as sandálias dos seus pés’» (Act 13, 13-25).
        Chegou a vez de Paulo. Como temos vindo a dizer nos últimos dias, a perseguição à Igreja de Jerusalém leva à dispersão de muitos discípulos que, por sua vez, aproveitam a oportunidade para anunciar a Boa Nova nas terras para onde se deslocam, privilegiando o anúncio aos judeus, mas logo depois também aos gentios.
       Víamos como Barnabé, de Jerusalém parte para Antioquia e de Antioquia vai buscar Paulo. Os dois voltam a Jerusalém, para de novo serem enviados a outros lugares para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo.
       Nesta segunda parte do livro dos Actos vamos acompanhar sobretudo o ministério de São Paulo.
Hoje escutamos esta intervenção de Paulo na Sinagoga, orientada para os judeus, mostrando que Jesus Cristo é o Enviado de Deus, depois de Deus Se ter revelado pelos Patriarcas, pelos Juízes, pelos Profetas, por João Baptista e agora pelo Messias.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

João Paulo II

Foi DEUS!


Quando sente o desejo de ser amável com alguém de que goste…
…foi Deus
que lhe falou e lhe enviou o Espírito Santo.

Se sentiu a tristeza e a solidão de alguém próximo de si…
…foi Deus
que o escolheu pela intercessão de seu filho, Jesus Cristo.

Se pensar em alguém muito querido que não vê há muito tempo e de repente, essa pessoa aparece…
…foi Deus, porque o acaso não existe.

Se alguma vez recebeu alguma coisa maravilhosa que não havia pedido…
…foi Deus que conhece bem seus segredos e sabe o que vai em seu coração.

Se alguma vez se encontrou numa situação difícil, e sem ter ideia de como a resolver, e subitamente a solução aparece…
…foi Deus
que incessantemente toma nossos problemas em suas mãos e nos ajuda a resolvê-los.

Se te aconteceu sentir uma imensa tristeza na alma e rapidamente, como um impulso, o amor se expande em si e uma paz inexplicável invade todo o seu ser…
…foi Deus que o aconchegou em seus braços e lhe deu a esperança.

Se lhe aconteceu estar cansado da vida, a ponto de querer morrer,e rapidamente sente que tem força suficiente para continuar seu caminho com nova energia…
…foi Deus que está sempre junto a si e o acompanha com amor nos caminhos da vida.

Tudo vai melhor…?
É Deus que o guia.

Você acredita que esta mensagem lhe foi enviada por acaso? Não!
Pensei em si
porque é minha amiga/meu amigo,e é importante para Deus
… e para mim.

Deixe que Deus toque seu coração
e faça enviar esta mensagem a todos os seus amigos, a todos os que considere estar precisando dessa ajuda…
…porque todos necessitamos saber que Deus está sempre connosco!

Vamos repartir com todos o imenso amor de Deus.

Graças a Deus!
Autor Desconhecido

Muito obrigado: 50 000 visitas!

       Estamos neste espaço de reflexão, de partilha, de inspiração cristã católica desde 27 de Junho de 2009, há cerca de 2 anos. Chegamos hoje às 50.000 visitas. Sublinhe-se, no dia em que João Paulo II faria 91 anos de idade. Coincidência feliz.
       É um número redondo. Vale o que vale. O que conta é cada visita, cada pessoa que por aqui passa. E se volta, melhor, é sinal que alguma coisa de positivo reteve!
       Renovamos o agradecimento a todos os que passaram, passam e passarão pelo CARITAS IN VERITATE: àqueles que voltam, àqueles que nos seguem regularmente, àqueles que deixam comentários e nos incentivam, aos que nos recomendam, o nosso agradecimento redobrado.
       Por mais que gostássemos de escrever, ou de apontar leituras, acontecimentos, sugerir reflexões, espalhar a Boa notícia de Jesus Cristo, no final é que alguém passe e se sinta tocado por Jesus Cristo, pela Sua Palavra de Amor e de Perdão. Ainda que seja, ou que fosse, apenas uma pessoa. Já teria valido a pena. Também na certeza, de que este é um meio, não um fim, uma oportunidade, não uma meta, para comunicar o que de melhor a vida tem e reflectir a partir da situação presente, propondo o Evangelho de Jesus Cristo, vivido, amadurecido, aprofundado, partilhado e celebrado na comunidade crente.
       Obrigado a todos os que enriquecem este blogue, que procurará seguir as propostas de Bento XVI na Encíclica "Caritas in Veritate", a prática da caridade vivida com autenticidade.
       O Deus da vida, que nos encontro no nosso quotidiano, a todos nos abençoe e proteja com amor.

Oração de João Paulo II sobre a Paz

Deus dos nossos pais, grande e misericordioso,
Senhor da paz e da vida, pai de todos,
Tu tens projectos de paz e não de aflição,
condenas as guerras e abates o orgulho dos violentos.
Enviaste o teu Filho Jesus
para anunciar a paz aos que estavam perto e longe,
para reunir os homens numa única família.
Escuta o grito unânime dos teus filhos,
a súplica cheia de tristeza de toda a humanidade:
Jamais a guerra, aventura sem regresso.
Jamais a guerra, espiral de morte e de violência;
não a esta guerra que é uma ameaça
para todas as criaturas, na terra e no mar.
Em comunhão com Maria, Mãe de Jesus, suplicamos ainda:
Fala ao coração dos responsáveis dos destinos dos povos,
pára a lógica das represálias e da vingança,
sugere pelo teu Espírito novas soluções, gestos generosos,
possibilidades de diálogo e de paciência.
Dá ao nosso tempo dias de paz. Jamais a guerra.
Ámen.
in PEDROSA FERREIRA, As Bem-aventuranças, Hoje.

João Paulo II faria 91 anos de idade

       Neste dia retomámos o testemunho de Bento XVI sobre João Paulo II, no dia da Sua beatificação, a 1 de Maio do corrente ano:
       E outro vídeo com imagens e com a voz de João Paulo II:

Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei

       A palavra de Deus crescia e multiplicava-se. Depois de Barnabé e Saulo cumprirem a sua missão, voltaram de Jerusalém, trazendo consigo João, que tinha o sobrenome de Marcos. Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo. Estando eles a celebrar o culto do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei». Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram- nos partir. Enviados pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e de lá navegaram para Chipre. Tendo chegado a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus (Act 12, 24 - 13, 5a).

       A expansão do cristianismo está em marcha. Primeiro a perseguição à Igreja-Mãe, Jerusalém. Depois, o testemunhos dos cristãos que dispersaram mas não deixaram de falar em Jesus Cristo. Agora é a vez do Apóstolo dos Apóstolos, São Paulo. Aqui com Barnabé, dando conta do trabalho realizado, de Antioquia para Jerusalém, que continua, nessa ocasião, a ser a capital do cristianismo, para logo depois serem enviados a outros locais.
       Hoje o testemunho de Cristo cabe-nos a nós, no ambiente em que nos encontramos.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Leituras: "O outro JONAS"

JOAQUIM GONÇALVES (Bispo de Vila Real, substituído na Diocese, hoje, por D. Amândio Tomás, até agora Coadjutor), O Outro Jonas. Nas Bodas de Ouro Sacerdotais. Gráfica de Coimbra 2: Vila Real 2010.

       Este é o pequeno livro, que se lê no intervalo de qualquer coisa, mas grande para reflectir, rezar, para louvar a Deus, para agradecer o dom da vida e da técnica, da pessoa humana, da humildade, da bondade e da generosidade.
       Nas Bodas de Ouro Sacerdotais, D. Joaquim Gonçalves deu à estampa um texto poético: O outro JONAS. Partindo desta figura bíblica, dois anos depois de lhe ser feito um transplante ao coração, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, pelo cirurgião, Dr. Manuel Antunes, comparando o transplante ao percurso feito por Jonas, que é engolido por uma baleia, durante três dias. Também D. Joaquim desceu da Montanha de Vila Real, ao coma em Gaia, e ao transplante em Coimbra.
       O texto divide-se em 4 partes:
  1. Missão
  2. Naufrágio
  3. O Sermão de Jonas
  4. A conversão de Jonas
        Entrelaça-se no texto os anos de sacerdócio, de Bispo Auxiliar em Braga, de Bispo em Vila Real, e os momentos de doente coronário. É também uma proposta de vida. Um desafio à pastoral do coração a coração, das pessoas, dos grupos.
       O livro inclui ainda a belíssima reflexão de D. Joaquim, explorando o texto poético, acrescentando dados, aprofundando, dando mais explicações, fundamentando, agradecendo, louvando a Deus pela técnica e sobretudo pelas pessoas que a utilizam positivamente, ao serviço da criação.
        Para enriquecer esta pequena reflexão, uma entrevista concedida pelo Próprio ao "Correio de Coimbra", Como vive um Bispo um transplante cardíaco, quando ainda estava em convalescença.
       Na parte final, duas intervenções dos dois últimos papas: João Paulo II e Bento XVI, sobre o transplante e a doação de órgãos.
       Deixamos três excertos da reflexão de D. Joaquim sobre o seu texto poético, O outro Jonas:
       "Moldado pela técnica, o homem urbano é prisioneiro das mãos e da eficácia da produção, mãos que não se cruzam para rezar, e o homem torna-se uma ovelha sem rebanho e sem pastor, sem Igreja e sem Deus. A tecnociência substitui a Providência e embotou o espírito do homem em relação a tudo o que vá para além da eficácia..."
       "Religiosamente, o homem moderno tende a ser agnóstico inquieto. Vive uma filosofia do cansaço: não sabe como ser crente, mas não tem força para ser herege. Sensível às dores do homem, sonha ajudá-lo sem cultivar o amor de Deus, um filantropia sem calor. Em muitos casos, essa sensibilidade aos outros abre uma janela para Deus".
      "Deus acompanha sempre com amor a nossa vida, mesmo na doença e na morte. A isso chamamos Providência, mas essa Providência não pode ser controlada pelos nossos meios. Acredita-se. Por isso, quando nos encontramos gravemente doentes, é vontade de Deus que recorramos ao saber científico como se tudo dependesse dos homens, que lutemos sempre pelo dia seguinte e, ao mesmo tempo, nos confiemos à Providência, como se tudo dependesse de Deus..."

Leituras: as Bem-aventuranças, hoje

PEDROSA FERREIRA, As Bem-aventuranças hoje. A bússola que orienta para a felicidade. Edições Salesianas: Porto 2011.
     Mais uma leitura leve, agradável e profunda que recomendámos.
      Partindo das Bem-aventuranças, do Sermão da Monstanha, Pedrosa Ferreira apresenta-nos este consjunto de catequeses para adolescentes, jovens e adultos.
     Em cada catequese é-nos apresentada a vivência de Jesus na respectiva Bem-aventurança, é proposta para os nossos dias, com orientações simples e práticas, com o convite ao empenho/compromisso, rezando a bem-aventuanças. Em cada uma das bem-aventuranças é também apresentado um exemplo de vida como Jesus de Nazaré, Madre Teresa de Calcutá, João Paulo II, Maximiliano Kolbe, Clara de Assis, Bakhita, François Van Thun, Domingos Sávio, João XXIII.
       Para utilizar como catequese, mas também como leitura pessoal e/ou comunitária.

Perseguição à Igreja e evangelização aos pagãos

       Os irmãos que se tinham dispersado, devido à perseguição desencadeada pelo caso de Estêvão, caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia. Mas anunciavam a palavra apenas aos judeus. Houve, contudo, entre eles alguns homens de Chipre e de Cirene, que, ao chegarem a Antioquia, começaram a falar também aos gregos, anunciando-lhes o Senhor Jesus. A mão do Senhor estava com eles e foi grande o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor. A notícia chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém e mandaram Barnabé a Antioquia. Quando este chegou e viu a acção da graça de Deus, encheu-se de alegria e exortou a todos a que se conservassem fiéis ao Senhor, de coração sincero; era realmente um homem bom e cheio do Espírito Santo e de fé. Assim uma grande multidão aderiu ao Senhor. Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, tendo-o encontrado, trouxe-o para Antioquia. Passaram juntos nesta Igreja um ano inteiro e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de «cristãos».

       A perseguição à Igreja de Jerusalém vai acelerar a evangelização. Filipe é protagonista do anúncio do Evangelho a um alto funcionário da Rainha de Candace. Pedro, inspirado por Deus, anuncia o Evangelho a uma família estrangeira. Porém, são actos pontuais. A comunidade vai abrindo a sua mentalidade pouco a pouco. São Pedro foi inclusive questionado sobre a sua opção.
       Na leitura que nos é proposta para este dia, vemos como os irmãos que tinham dispersado enveredam pela evangelização aos judeus. Refira-se, contudo, que seria muito mais fácil anunciar Jesus como Messias a pessoas cuja religião há muito esperava um Messias. O trabalho era mostrar, como é próprio, por exemplo, do Evangelho de São Mateus, mostrar que Jesus Cristo é o cumprimento das promessas de Deus a Israel.
       Alguns homens, no entanto, vão anunciar a Boa nova também aos gregos, que abraçam a fé e se convertem ao Senhor. A Igreja de Jerusalém, Igreja Mãe, ouvindo o que está a acontecer, envia Barnabé, para se assegurar que o Evangelho de Jesus Cristo não é deturpado. Barnabé dá graças ao Senhor por ver que também entre os gregos se opera grande transformação, convidando todos a permanecerem firmes ao Senhor.
       Barnabé - que era realmente um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé - vai buscar Paulo a Tarso. Os dois permanecem em Antioquia um ano, solidificando a fé dos convertidos.
       Pela primeira vez se dá aos discípulos o nome de "cristãos".... esta é uma identificação imediata a Cristo. O cristão é de Cristo.
       Começa também aqui a grande evangelização do Apóstolo São Paulo. Primeiro, enviado da Igreja de Jerusalém, acompanhando Barnabé. Depois enviado da Igreja em Antioquia. E logo depois fundando comunidades...

domingo, 15 de maio de 2011

Festa da Palavra 2011 - Tabuaço

       Maio e Junho são meses de grande intensidade catequética, onde se concentram as diversas festas da catequese. Ontem, 14 de maio, foi a vez dos meninos do 4.º ano de catequese. Aqui ficam alguns momentos da celebração, com uma música muito apropriada da Comunidade de Jovens Shalom.
       Vejam-se a palavras destacadas durante o Ofertório:
Silêncio
Acolher
Ó Jesus queremos escutar a tua Palavra. Mas sem fazer silêncio é difícil, pois só no silêncio e acolhendo a tua Palavra Te podemos escutar de verdade.

Transformar
É com os braços abertos que queremos receber o Teu amor, que nos transforma. Assim com a nossa bondade seremos transformados constantemente.

Saborear
Como é bom ser transformado, ser diferente, ser melhor. Mas para isso é necessário sabedoria. O nosso desejo é poder saborear tudo quanto és capaz de realizar em cada um de nós.

Anunciar
Jesus, Tu pediste para seres anunciado. Estamos aqui, para crescer na fé, e ser testemunhas da tua Ressurreição.

sábado, 14 de maio de 2011

IV Domingo de Páscoa - 15 de maio de 2011

        1 - Neste quarto Domingo da Páscoa, Jesus é-nos apresentado como o BOM PASTOR. Esta imagem belíssima, presente no Antigo Testamento - onde se refere claramente que Deus virá até ao Povo eleito como o Pastor, para apascentar o seu rebanho, cuidando das ovelhas feridas, provendo que nenhuma se perca - é assumida por Jesus Cristo e pelos Seus discípulos que O têm por Guia, Mestre e Senhor.
       Jesus é o Bom Pastor, conhece cada um pelo nome, cuida de todos, em especial dos que precisam de mais atenção. O verdadeiro pastor conhece as suas ovelhas, as que têm dificuldade em caminhar, as que facilmente dispersam, as que precisam de mais atenção para sobreviver, as que estão feridas. Conhece também os melhores pastos. Assim Jesus para a humanidade.
        D'Ele podemos dizer com o salmista: "O Senhor é meu pastor: nada me falta. Leva-me a descansar em verdes prados, conduz-me às águas refrescantes e reconforta a minha alma... Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome. Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos, não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo..."
       Usando esta imagem, Jesus sublinha acerca do pastor: "... Ele chama cada uma delas pelo seu nome e leva-as para fora. Depois de ter feito sair todas as que lhe pertencem, caminha à sua frente e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos".
       É Ele, Jesus o Bom Pastor, que nos conduz, que vai à nossa frente, que dá a vida por nós, que testemunha o amor de Deus por cada um, que nos leva à abundância da vida, saciando a nossa fome e a nossa sede, mesmo e apesar das provações do tempo presente.

       2 - Vale a pena ler com atenção todo o texto da Epístola de São Pedro, onde o Apóstolo parte da iniciativa de Jesus, vindo da parte de Deus, e que sofre por nós, dá a vida pela humanidade, desafiando-nos a viver do jeito que vivia Jesus, imitando os seus gestos, as suas atitudes:
       "Se vós, fazendo o bem, suportais o sofrimento com paciência, isto é uma graça aos olhos de Deus. Para isto é que fostes chamados, porque Cristo sofreu também por vós, deixando vos o exemplo, para que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado algum e na sua boca não se encontrou mentira. Insultado, não pagava com injúrias; maltratado, não respondia com ameaças; mas entregava Se Àquele que julga com justiça. Ele suportou os nossos pecados no seu Corpo, no madeiro da cruz, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: pelas suas chagas fomos curados. Vós éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes para o pastor e guarda das vossas almas".
       O discípulo não é superior ao Mestre. Se o Mestre dá a outra face, também nós. Se o Mestre responde ao mal com o bem, também nós. Se Ele vem para servir, também nós, na certeza que Ele nos acompanha como Bom Pastor, n'Ele fomos salvos e n'Ele temos a vida eterna.

       3 - O desafio que São Pedro renova na Epístola é o mesmo que vem dos primeiros tempos da pregação, com a certeza de que Deus age em nós e através de nós. A iniciativa é de Deus, que quer a nossa salvação, que em Jesus Cristo nos devolve a alegria e a confiança, e que nos insere nesta vida nova.
       O que é necessário então para vivermos em Jesus Cristo?
       Responde-nos Pedro: "Convertei-vos e peça cada um de vós o Baptismo em nome de Jesus Cristo, para vos serem perdoados os pecados. Recebereis então o dom do Espírito Santo, porque a promessa desse dom é para vós, para os vossos filhos e para quantos, de longe, ouvirem o apelo do Senhor nosso Deus".


Textos para a Eucaristia (ano A): Act 2,14a.36-41; Sl 22 (23); 1 Ped 2,20b-25; Jo 10,1-10.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Procissão das Velas - 12 de Maio

Diocese de Lamego: Fátima Jovem 2011

       A Diocese de Lamego respondeu à chamada, mais uma vez.
       A paróquia de Tabuaço também lá esteve no Santuário de Fátima, com o 10.º ano de Catequese, nos dias 7 e 8 de Maio, integrando-se para participar neste encontro nacional dos jovens portugueses. Aqui ficam algumas imagens dos elementos da nossa comunidade, da diocese (e outras) deste fim de semana de encontro e de festa.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Jesus é a presença do Deus vivo

       "O próprio Jesus é a presença do Deus vivo. N'Ele, Deus e homem, Deus e o mundo estão em contacto. N'Ele realiza-se aquilo que o rito do Dia da Expiação pretendia exprimir: na doação de Si mesmo na cruz, Jesus depõe, por assim dizer, todo o pecado do mundo no amor de Deus e nele o dissolve. Aproximar-se da cruz, entrar em comunhão com Cristo, significa entrar no espaço da transformação e da expiação"

Joseph Ratzinger/Bento XVI, Jesus de Nazaré,  p 43.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

May feelings 4 :: Sentimentos de Maio

In POVO.
       "Em 2008, um grupo de jovens da Espanha iniciou uma nova tradição: a cada ano durante o mês de maio, edita um pequeno vídeo intitulado"Sentimentos de Maio". O objetivo é incentivar as pessoas a rezar o rosário. Este ano, o tema gira em torno de dar graças a João Paulo II, que foi beatificado em 01 de maio, o primeiro dia do mês dedicado a Nossa Senhora".

terça-feira, 10 de maio de 2011

My Ecclesia Tv: novo portal de vídeos

       Os programas Ecclesia e “70X7”, transmitidos na RTP-2, estão desde hoje disponíveis no novo site “My Ecclesia TV”, que entre outras potencialidades facilita a partilha das suas reportagens através da incorporação noutras páginas da Internet.
       Para cada um dos cerca de mil vídeos disponíveis, a plataforma apresenta um código que os administradores de blogues e sites podem introduzir nas suas páginas, reproduzindo os conteúdos dos referidos programas.
       Além dos dez vídeos mais recentes disponíveis na página de entrada, os utilizadores podem procurar as reportagens e entrevistas existentes em arquivo recorrendo a um motor de pesquisa ou através da busca por temas (“categorias”).
       A opção “My Ecclesia TV” oferece a possibilidade de criar uma lista de reprodução (“playlist”) dos 50 vídeos mais recentes, que podem ser consultados numa página comum da Internet ou mediante a incorporação num site ou blogue.
       O novo site reproduz as emissões transmitidas na RTP-2, estando a ser equacionada a produção de conteúdos específicos para esta plataforma, que se junta à página da ECCLESIA no sistema de partilha de vídeos “Youtube”.
       Os programas Ecclesia, emitido de segunda a sexta-feira a partir das 18h00, na rubrica “A Fé dos Homens”, e “70X7”, que vai para o ar nas manhãs de domingo, continuam a poder ser vistos na íntegra nos seus sites próprios.
       As reportagens e entrevistas destes programas, apresentadas separadamente, permanecem acessíveis a partir da página de entrada da Agência ECCLESIA.

Notícia: Agência Ecclesia.

domingo, 8 de maio de 2011

Festa do Pai-nosso - 2.º Ano de Catequese | 2011

       O itinerário catequético é constituído por 10 anos. Em cada ano, uma festa que assume uma temática aglutinadora. No primeiro ano de catequese, a Festa do Acolhimento e que em Tabuaço realizamos no início de cada ano pastoral - em 2010/2011, realizou-se no dia 7 de Novembro de 2010.
          Maio e Junho concentram as restantes Festas da Catequese.
       No dia 7 de Maio, na Missa com Crianças, realizou-se a Festa do Pai-nosso, para o 2.º Ano de Catequese. Neste vídeo, algumas imagens ilustrativas com a música sempre agradável do Pe. Marcos Alvim, com o tema "Pai-nosso".

sábado, 7 de maio de 2011

Domingo III da Páscoa - 8 de Maio de 2011

       1- Na manhã de Páscoa, com a ressurreição de Jesus Cristo, de simples mortais, tornamo-nos participantes, cúmplices, da vida, da ressurreição, da vitória do bem sobre o mal, do amor sobre o desamor, o ódio e o egoísmo. Na Cruz, Jesus já nos tinha acolhido como irmãos, dando-nos Maria por Mãe, para que A acolhêssemos em nossa casa, como filhos Seus. A ressurreição valida a palavra dada por Jesus ao discípulo amado, a palavra de salvação dada aos Apóstolos e à humanidade inteira: quem acreditar no Filho do Homem terá n'Ele a vida eterna.
        Ele vem de Deus para (de novo) nos conduzir a Deus, Seu e nosso Pai. Vive, espalha a boa-nova, propõe o amor e o perdão como forma de salvar o mundo. Se cada um der o melhor de si, o mundo será melhor. Trazíamos em nós as marcas do divino que o pecado obscureceu. Jesus vem como LUZ iluminar a nossa treva e guiar-nos para o dia, para o bem. Mas a LUZ quando é demasiada, quando os olhos não estão preparados, quando o hábito faz desejar a escuridão, faz-nos recuar, temer o que vem a seguir. O que é que acontece quando dormimos no escuro e de repente todo o quarto fica inundado pela claridade do sol? Tapamos os olhos, franzimos o olhar, metemo-nos novamente debaixo da roupa...
       Pois é, também no tempo de Jesus muitos não aceitaram a Sua claridade, e a perseguição, a prisão e a morte precipitam-n'O para a Cruz. Na Cruz, mostra-nos de novo o projecto de Deus. Oferece-Se e oferece-nos a Deus: "Pai nas Tuas mãos entrego o Meu espírito". Nessa hora, os discípulos pensaram que tudo estava consumado, como o ouviram a Jesus, mas não.

       2 - Dois discípulos regressam de Jerusalém para o campo, para Emaús. Jesus aparece-lhes pelo caminho, interrogando-os sobre o que discutem. Pesarosos, lá vão narrando o que aconteceu a Jesus, em Quem eles tinham depositado a esperança para libertar Israel. Replica-lhes Jesus: "Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na Sua glória?"
       Como Mestre, e sem ser reconhecido, Jesus mostra como as Escrituras apontavam para o Messias e para o que viria a suceder-Lhe, mostrando que também na Cruz se cumpre o plano de Deus.
       Estando perto de casa, os dois discípulos insistem com Jesus: "«Ficai connosco, Senhor, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite» Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram se lhes os olhos e reconheceram n’O... Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém".
       Na verdade, Jesus encontra-nos no caminho da nossa vida, no nosso quotidiano. Podemos encontrá-l'O na Sagrada Escritura que fala a Seu respeito, podemos encontrá-l'O na fracção do pão, nos Sacramentos, onde Se dá a conhecer, como aos discípulos de Emaús.
       Mais, faz-nos mudar de direcção: a opção não é, e não pode ser, a fuga, o medo, a resignação, mas a alegria, a festa, o anúncio, a partilha. Ele está vivo. O sepulcro está vazio. Jesus, da "vastidão" de Deus, está agora mais próximo, mais acessível e para todos. Já não pode ser retido. Ele vive em nós, manifesta-Se na Palavra, está no meio de nós. Encontra-nos no hoje da nossa vida! Deixemo-nos inundar pelo amor que irradia do Seu rosto e que se reflecte em cada homem e cada mulher do nosso tempo.

       3 - Com a Páscoa, Jesus dá-nos o Seu Espírito que nos guia para a verdade e que nos torna destemidos, como aos primeiros Apóstolos, para que na adversidade dos nossos dias, na luta contra a indiferença e o relativismo, contra o egoísmo, possamos renovar o mundo com a certeza de que Jesus Cristo venceu o mal com o amor sem medida.
       É este o testemunho que nos dá o Apóstolo São Pedro. Víamo-lo frágil, titubeando conforme as circunstâncias e mediante a proximidade de Jesus, o Mestre e Senhor. Ora adere de alma e coração a Jesus, ora de seguida se dispõe a inverter o projecto do Messias, ora O nega com todos os dentes. A reviravolta acontece em definitivo com a Ressurreição e com a experiência de encontro com o Ressuscitado.
       Pedro sem hesitações: "Jesus de Nazaré foi um homem acreditado por Deus junto de vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou no meio de vós, por seu intermédio, como sabeis. Depois de entregue, segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós destes-Lhe a morte, cravando-O na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou O, livrando O dos laços da morte, porque não era possível que Ele ficasse sob o seu domínio... Foi este Jesus que Deus ressuscitou e disso todos nós somos testemunhas. Tendo sido exaltado pelo poder de Deus, recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, que Ele derramou, como vedes e ouvis...".
       Já lá vai o tempo em que Pedro e os demais Apóstolos se escondiam com medo do que lhes poderia acontecer. Nem a morte os fará desistir de anunciar a ressurreição de Jesus. É por eles, que Jesus continua a trazer-nos a boa nova da salvação.

       4 - Acrescente-se a propósito que o destemor perante a perseguição e a ameaça de morte não significa masoquismo ou desejo de morrer. A vida é uma dádiva amorosa de Deus e que deve ser acolhida, amada, defendida, celebrada. O cristão, porém, não se pode calar perante a injustiça, perante o desamor, perante a violência exercida sobre os mais débeis. Se, em consequência do anúncio da ressurreição, sobrevir a perseguição e até a própria morte, deve prevalecer a verdade.
       Por conseguinte, o anúncio da Palavra de Deus espalha-se rapidamente. Com a dura perseguição à Igreja de Jerusalém, os Apóstolos optarão por seguir para outras terras para que outros não fiquem privados da pregação. E assim se espalha o Evangelho. Em Jerusalém ficam, no entanto, os responsáveis pela comunidade, com São Tiago, como líder, mas depois do seu martírio, os Apóstolos definitivamente se concentrarão noutras paragens, para testemunhar Jesus Cristo em todas as ocasiões.
       Na segunda leitura de hoje, podemos escutar, uma vez mais, o testemunho de São Pedro, dirigindo-se aos cristãos: "Se invocais como Pai Aquele que, sem acepção de pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com temor, durante o tempo de exílio neste mundo... Por Ele acreditais em Deus, que O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, para que a vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus".
       Os destinatários daquele e deste tempo, que somos nós, devem viver no temor de Deus, ou por outras palavras, com a fé e a esperança colocadas em Deus e, imitando Jesus, a todos comuniquemos a paz e o bem, sem acepção de pessoas, concorrendo em tudo e com tudo para a glória de Deus Pai.
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Textos para a Eucaristia (ano A): Act 2,14.22-33; 1 Ped 1,17-21; Lc 24,13-35.

Fátima Jovem 2011 - 10.º ano de Catequese

       O Fátima Jovem é o maior encontro de jovens cristãos em Portugal e que se realiza há vários anos, habitualmente no primeiro fim de semana de Maio. Este ano voltamos ao Fátima Jovem com os jovens adolescentes do 10.º ano de catequese, da paróquia de Tabuaço.
Veja o programa deste ano: Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), e a história deste encontro e outras notícias relacionadas: Agência Ecclesia.
       O lema escolhido para este ano - Com Maria, enraizados em Cristo. - antecipa e prepara a Jornada Mundial da Juventude que se realiza em Madrid, entre os dias 16 e 21 de Agosto, com a presença do Papa Bento XVI, e para a qual já estão inscritos 15 mil jovens portugueses.
       “Maria é aquela que nos conforta, que nos ajuda, que nos anima no nosso caminho para o Senhor, ela que foi a primeira discípula, é um exemplo daquilo que cada discípulo de Jesus procura ser” realça o diretor do DNPJ.