quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

D. António Couto: Fé e Ciência

       Ao completar o primeiro ano à frente da Diocese de Lamego, D. António Couto proferiu uma conferência sobre a correlação Fé e Ciência. No passado dia 28 de janeiro, no Centro Pastoral de Almacave... A entrada na Diocese foi há um ano, no dia 29 de janeiro de 2012.

YOUCAT - citações e sublinhados - Santo Agostinho

''Aconteceu que ouvi uma voz das alturas: «Eu sou o alimento dos fortes; sobe e come de Mim! Mas não me transformarás em ti, como um alimento físico, mas tu é que serás transformado em Mim»"

"Esperar significa crer na aventura do amor, ter confiança nas pessoas, dar o salto no incerto e abandonar-se a Deus totalmente".

"Faz o que podes e reza pelo que não podes, para que Deus permita que possas"

"Enquanto vivemos, lutamos; se continuamos a lutar é sinal de que não nos rendemos e de que o Espírito bom habita em nós. E se a morte não te encontrar como vencedor, deve encontrar-te como lutador"

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Há 1 ANO: Tomada de Posse de D. António, como Bispo de Lamego

       Nomeado pelo Papa Bento XVI, no passado dia 19 de novembro de 2011, D. António José da Rocha Couto assumiu ontem, dia 29 de janeiro, a cátedra de Lamego, sucedendo a D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, que esteve à frente da diocese durante 12 anos. D. Jacinto tomou ao seu encargo a diocese em 19 de março de 2000. Tendo completado 75 anos de idade em 11 de setembro de 2010, pediu a resignação, que foi aceite pelo Papa, mantendo-se, depois da aceitação da resignação, como Administrador Apostólico da diocese.
         A cidade de Lamego encheu-se de cor e sobretudo de cristãos para acolher o seu novo Bispo.
       Pelas 15h30, D. António, recebido pelo Administrador Apostólico, pelo Mons. Vigário-Geral e pelo Presidente  da Câmara Municipal de Lamego, no Seminário Maior de Lamego, segue no carro da Diocese até à Sé Catedral. Aqui é recebido por uma multidão em festa. À entrada para a Sé é saudado pelo Deão do Cabido e pelo Sr. Presidente da Câmara de Lamego.
       Pelas 16h00 o início da celebração eucarística. D. Jacinto presidiu à Procissão de entrada. Depois da saudação inicial, a Bula de Nomeação foi lida pelo Núncio Apostólico em Portugal e o Sr. D. Jacinto cedeu o lugar da presidência ao Sr. D. António, dirigindo-lhe algumas palavras de passagem de testemunho, como Bispo cessante e como diocesano (lembremos que D. Jacinto é natural da Diocese de Lamego e pertence ao presbitério desta diocese). A partir do momento em que assume a presidência da celebração, D. António passa também a presidir como Pastor à Diocese de Lamego.
        Presentes na tomada de posse, os Bispos de Portugal, muitos sacerdotes de Lamego, do Porto, de onde D. António é natural (Marco de Canaveses), de Braga, onde esteve nos últimos 4 anos como Bispo Auxiliar, dos Missionários da Boa Nova, autoridades civis da cidade e da diocese, muitos cristãos. A Sé Catedral foi pequena para acolher tanta gente. Muitas pessoas acompanharam a celebração em frente à Sé através dos plasmas aí colocados para este efeito.
        Na Homilia, partindo do Evangelho e da manifestação de Jesus em Cafarnaum, D. António deixou claro que o mensageiro, o enviado, mais que a mensagem comunica Aquele que O envia...
       Quase a terminar a celebração, a leitura da ATA de tomada de posse, pelo Chanceler da Cúria, Mons. Germano José Lopes.
       Também de Tabuaço um grupo de pessoas, associando-se assim a esta passagem de testemunho, do D. Jacinto para o D. António.
       Como cristãos, pedimos a Deus que esteja com o D. António e com as Suas preocupações pastorais. O Bispo é e referência de comunhão com Jesus Cristo, com as outras dioceses e seus bispos e com o Papa, sucessor de Pedro.
Fotos: KYMAGEM. Poderá ver mais fotos AQUI (também da Kymagem)

Editorial Voz Jovem - Rostos do Ano da Fé

       1 – O ano da Fé, iniciado no dia 11 de outubro de 2012 e que terminará no dia 24 de novembro do corrente ano, na solenidade de Cristo Rei, há de levar-nos a um testemunho mais luminoso.
       Os santos, ainda que tenham vivido em outros tempos e contextos, ajudam-nos a visualizar a vivência concreta, alegre, corajosa da FÉ.
       No mês de janeiro celebramos vários santos. Destacámos sobretudo o mártir São Sebastião, Padroeiro principal da Diocese de Lamego. Em todas as Igrejas da Diocese existe (pelo menos) uma imagem de São Sebastião e que deveria presidir a todas as procissões em honra dos santos.
       2 – Vejamos as várias invocações neste primeiro mês do ano, iniciado com a solenidade de SANTA MARIA MÃE DE DEUS, em dia Mundial da Paz.
       Dia 2: Basílio Magno e Gregório de Nazianzo, Bispos de doutores da Igreja; dia 7: São Raimundo de Penaforte, Presbítero; dia 10: Beato Gonçalo de Amarante, Padroeiro de Valença do Douro; dia 17: Santo Antão, Abade, Padroeiro da Desejosa; dia 20: mártir São Sebastião, Padroeiro da Diocese de Lamego e da Balsa e São Fabiano, Papa e mártir; dia 21: Santa Inês, Virgem e Mártir; dia 22: São Vicente, diácono e mártir, Padroeiro das Dioceses de Lisboa e do Algarve; dia 24: São Francisco de Sales; dia 25: Conversão de São Paulo; dia 26: São Timóteo e São Tito, Bispos, discípulos de São Paulo; dia 28: São Tomás de Aquino; dia 31: São João Bosco, Presbítero.
       3 – São Sebastião, Padroeiro Principal da Diocese de Lamego, naquilo que a tradição assimilou e transmitiu, é um exemplo como a fé ajuda a ultrapassar os obstáculos da vida e como o cristão se pode santificar nas mais diversas profissões e/ou ocupações. Mais forte que tudo, é o amor a Deus.
       Terá nascido em Narbona, sul de França, de uma família nobre, em meados do século III. Os seus pais seriam de Milão, onde cresceu até se mudar para Roma. Soldado romano vinculado à guarda pretoriano do grande perseguidor da Igreja, Diocleciano, responsável por demasiados martírios de cristãos. Mudou-se para Roma, onde a perseguição era mais intensa e feroz, para testemunhar a fé e defender os cristãos.
       Cai nas graças do imperador, sendo nomeado capitão/comandante da Guarda Pretoriana, mas logo a defesa da fé cristã lhe trará a morte. Animava os cristãos condenados a não desfalecerem. Entretanto foi denunciado por Fabiano, então Governador Romano. Diocleciano acusa-o de ingratidão. Preso a uma árvore, é cravado com flechas, até o julgarem morto. Santa Irene encontrou-o ainda com vida, levou-o para casa e tratou-lhe as feridas. Depois de restabelecido voltou junto do imperador, para defender os cristãos, condenando-lhe a impiedade. Este mandou que fosse chicoteado até à morte e depois deitado à Cloaca Máxima, o lugar mais imundo de Roma. O corpo foi recuperado e sepultado nas catacumbas da Via Ápia.
       Testemunhou a fé, com coragem e alegria, a partir da sua vida, como jovem soldado, cristão. Daqui se conclui que a santidade é possível em qualquer trabalho, em qualquer vocação, em qualquer compromisso humano.
       4 – Passaram alguns séculos, mas o número de mártires continua a ser demasiado elevado. No último ano civil, 2012, 105 mil cristãos deram a vida pela fé. A palavra martírio é traduzível por testemunha. O mártir é testemunha eloquente da fé em Jesus Cristo. Como cristãos, todos devemos tornar-se testemunhas de Jesus Cristo, dando a vida nos gestos e nas palavras.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Encontro de Preparação para a JDJ

       No passado dia 26 de janeiro, mais um encontro de preparação para a XXVIII Jornada Diocesana da Juventude, a realizar no Santuário de Santa Maria do Sabroso, paróquia de Barcos, nos dias 18 e 19 de maio. Presentes a equipa do SDPJ Lamego, e jovens de algumas das pároquias do Arcipretado/Concelho de Tabuaço, servindo já para distribuir algumas tarefas por diferentes grupos.
        Depois da oração inicial, a apresentação de várias propostas, procurando depois comprometer os jovens, e as diferentes paróquias.
        Qualquer atividade, eclesial, cultural, social, vale muito pela preparação. Aqueles que se envolvem no antes saborearão com mais intensidade e alegria o acontecimento.
       Ficam algumas imagens deste dia:
Outras imagens das reuniões de preparação da Jornada: AQUI

Escola da Fé - ORAÇÃO/TAIZÉ - SDPJ de Lamego

       Como anunciado, no passado dia 25 de janeiro, a ESCOLA da FÉ abriu as portas para mais um momento de oração, ao estilo de Taizé, pela mão do Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Lamego (SDPJ Lamego). Procurando responder a uma das proposta do nosso Bispo, D. António Couto, a Escola da Fé pretende ser uma espaço formativo, aberto a todos, oportunidade para jovens e adultos aprofundarem as razões da sua fé, ocasião para testemunhar a fé e para rezar.
        Este encontro foi mais orientado para a oração e reflexão, com cânticos em várias línguas, com adoração à santa Cruz...
       Além das pessoas de Tabuaço, a presença de jovens que acompanharam o Pe. Manuel João, e o Pe. Ricardo Barroco.
       Eis algumas das imagens, antes do início da oração.

domingo, 27 de janeiro de 2013

YOUCAT - citações e sublinhados - 2

193 - Existe alguma lógica que une os sacramentos?
       Os Sacramentos são todos um encontro com Cristo, que é, no fundo, o sacramento original. Há sacramentos da Iniciação, que introduzem na fé: o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia. Há sacramentos da cura: a Reconciliação e Unção dos Enfermos. E há sacramentos da comunhão e do envio: o Matrimónio e a Ordem. [1210-1211]
        O Batismo une a Cristo. A Confirmação concede-nos o Seu Espírito. A Eucaristia liga-nos a Ele. A Reconciliação reconcilia-nos com Cristo. Pela Unção dos Enfermos, Cristo cura, fortalece e consola. No sacramento do Matrimônio, Cristo promete o Seu amor no nosso amor e a Sua fidelidade na nossa fidelidade. Pelo sacramento da Ordem, os Sacerdotes podem perdoar os pecados e celebrar a Santa Missa.

229 - O que faz uma pessoa arrependida?
       Do exame da culpa pessoal surge o desejo de se melhorar; a isto se chama "arrependimento". A ele chegamos quando reparamos na contradição entre o amor de Deus e o nosso pecado. Então, enchemo-nos de dor pelo nosso pecado, propomo-nos a mudar a nossa vida e depositamos toda a nossa esperança na ajuda de Deus. [140-1433, 1490]
       A  realidade do pecado é frequentemente suplantada. Alguns acreditam até que o sentimento de culpa deve ser tratado apenas psicologicamente. No entanto, os autênticos sentimentos de culpa são importantes. É como um automóvel: quando o velocímetro mostra que a velocidade foi excedida, não é o velocímetro que tem a culpa, mas o condutor. Quanto mais perto estivermos de Deus, que é todo luz, tanto mais nítidos se revelam os nossos lados sombrios. Deus, contudo, não é uma luz que queima, mas uma luz que cura, daí que o arrependimento nos impele a caminhar para a Luz em que nos tornamos totalmente saudáveis.

291 - Como pode uma pessoa distinguir se a sua ação é boa ou má?
       O ser humano tem capacidade para distinguir as ações boas das más, porque possui razão e consciência, que lhe permitem juízos claros.
      Existem algumas diretrizes que ajudam a distinguir as boas das más ações: 1. Aquilo que faço deve ser bom; não basta uma boa intenção. Roubar bancos é sempre mau, mesmo que o faça com boa intenção de ajudar as pessoas pobres. 2. Mesmo que aquilo que eu faço seja realmente bom, a má intenção com que o faço torna má toda ação. Acompanhar um senhora idosa até casa e ajudá-la a entrar em casa são ações boas; se o fizer para preparar um futuro assalto, torno má essa ação. 3. As circunstâncias em que uma pessoa atua podem diminuir a responsabilidade, embora não mudem em nada o bom ou mau caráter dessa ação. Bater na mãe é sempre mau, mesmo que antes a mãe tenha dado pouco amor ao filho.

322 - O que é mais importante: a sociedade ou o indivíduo?
       Para Deus o ser humano conta primeiro como pessoa e só depois como ser em comunhão.
       A sociedade nunca pode ser mais importante que o indivíduo humano. O ser humano nunca deve ser um meio para um fim social. No entanto, instituições sociais como o Estado ou a família são necessárias para o indivíduo; elas correspondem até à sua natureza"

469 - O que é a oração?
       Estamos em oração quando o nosso coração se dirige a Deus. Quando uma pessoa ora, entra numa relação viva com Deus.
       A oração é a porta para a fé. Quem ora deixa de viver de si, para si e a partir da própria força. Ele sabe que há um Deus com quem pode falar. Uma pessoa que ora entrega-se cada vez mais a Deus. Ela procura desde já a união com Aquele com quem, cara a cara, se encontrará um dia. Por isso, pertence à vida cristã o esforço pela oração diária. Porém, não se aprende a orar como se aprende uma técnica. Embora isso soe estranho, orar é um dom que se obtém na oração.

470 - Que sentido tem a oração para uma pessoa?
       Nós oramos porque temos um desejo completamente infinito e porque Deus nos criou para Si: “O nosso coração está irriquieto até encontrar o descanso em Ti” (Santo Agostinho). Mas também oramos porque temos necessidade; assim disse a Madre Teresa: “Porque não me posso abandonar a mim mesma, abandono-me a Ele 24 horas por dia.”
       Esquecemos de Deus frequentemente, afastamo-nos, escondemo-nos d’Ele. Mesmo que evitemos pensar em Deus, mesmo que O neguemos, Ele está sempre disponível para nós. Ele procura-nos antes de O procurarmos; Ele anseia por nós, Ele chama-nos. Ao falarmos com nossa consciência, notamos repetidamente que falamos com Deus.
       Ao sentirmo-nos sós, sem ninguém com quem falarmos, notamos que Deus está sempre disposto a conversar. Quando nos vemos em perigo, notamos que Deus respondeu ao nosso pedido de ajuda. Orar purifica. Orar possibilita resistência às tentações. Orar fortalece na fraqueza. Orar tira a angústia, duplica as forças, permite uma respiração mais profunda. Orar torna-nos felizes.

O que significa aprender a orar com Jesus?
       Aprender a orar com Jesus significa entrar na Sua confiança infinita, associar-se à Sua oração e ser levado por Ele, passo a passo, até o Pai.
       Os discípulos, que viviam em comunhão com Jesus, aprenderam a orar escutando e imitando Jesus, cuja vida era inteiramente uma oração. Como Ele, eles tinham de estar alerta, lutar por um coração puro, dar tudo pela vinda do Reino de Deus, perdoar os seus inimigos, confiar em Deus ousadamente e colocar o amor por Ele acima de tudo. Neste exemplo de entrega, Jesus convidou os Seus discípulos a chamar a Deus, ao Omnipotente, "Papá, Pai Querido!" Quando oramos no Espírito de Jesus, especialmente com o Pai Nosso, caminhamos como que nas sandálias de Jesus e podemos estar seguros de que chegamos ao coração do Pai.

Youcat - João Paulo II e os Mandamentos


26 de Fevereiro de 2000 no Monte Sinai, João Paulo II:
«Os Dez Mandamentos não são imposição arbitrária de um Senhor tirânico. Eles foram escritos na pedra, mas, antes, foram escritos no coração do homem como lei moral universal, válida em todo o tempo e em todo o lugar. Hoje, como sempre, as Dez Palavras da Lei oferecem a única base autêntica para a vida dos indivíduos, das sociedades e das nações. Hoje como sempre, elas são o único futuro da família humana. Salvam o homem da força destrutiva do egoísmo, do ódio e da mentira. Evidenciam todas as falsas divindades que o reduzem à escravidão: o amor de si mesmo até à exclusão de Deus, a avidez do poder e do prazer que subverte a ordem da justiça e degrada a nossa dignidade humana e a do nosso próximo… Observar os Mandamentos significa ser fiéis a Deus, mas significa também ser fiéis a nós mesmos, à nossa autêntica natureza e às nossas mais profundas aspirações. O vento que ainda hoje sopra no Sinai recorda-nos que Deus deseja ser honrado nas suas criaturas e no seu crescimento: a glória de Deus é o homem vivo…».

YOUCAT - citações e sublinhados

"No meio de todos os povos da terra, há um Povo diferente. Não se submete a ninguém, só a Deus. Deve ser como o sal, que dá sabor, como o fermento, que entra em tudo, como a luz, que afasta as trevas. Quem pertence ao Povo de Deus deve estar preparado para se achar em aberta contradição com as pessoas que negam a existência de Deus e desprezam os Seus Mandamentos. Na liberdade dos filhos de Deus, nada deve ser temido, nem a morte". n. 125

"Os sacramentos são sinais visíveis de uma realidade invisível, mediante os quais os cristãos podem experimentar a presença de Deus que cura, perdoa, alimenta, fortalece e capacita para amar, visto que neles age a graça de Deus" (p 105)

"No tempo da Sua vida terrena, afluíam a Jesus autênticas multidões de pessoas, que procuravam a Sua proximidade salvífica. Ainda hoje O podemos encontrar, pois Ele vive na Sua Igreja. São dois os lugares onde Ele nos garante a Sua presença: no serviço aos mais pobres (Mt 25, 40) e na EUCARISTIA . Aí acorremos directamente para os Seus braços. Se O deixarmos aproximar-Se de nós na Santa Missa, Ele ensina-nos, alimenta-nos, transforma-nos, cura-nos e torna-Se um connosco" (169)

"O Céu não é um lugar no espaço sideral. É um estado no Além. O Céu é onde a vontade de Deus acontece sem resistência. O Céu é, portanto quando a Vida está presente em elevada densidade e felicidade, uma Vida como ninguém encontra na Terra. Quando, um dia, com a ajuda de Deus, formos para o Céu, estará à nossa espera algo que «o olho não viu, o ouvido não ouviu e não subiu ao coração de nenhum ser humano: o que Deus preparou para aqueles que O amam»; (1Cor 2,9). → 158, 285"

Certamente podemos orar em qualquer parte: na floresta, na praia, na cama. Mas porque nós, seres humanos, não somos apenas espirituais, mas temos corpo, precisamos de nos ver, ouvir e sentir, quando nos queremos encontrar, precisamos de um local concreto para sermos "corpo de Cristo"; precisamos de nos ajoelhar quando queremos adorar Deus; precisamos de comer o Pão transformado, onde ele é oferecido. Precisamos nos deslocar corporalmente, quando Ele nos chama; e um "via-sacra" lembrar-nos-á a quem pertence o mundo e para onde caminhamos (189)

sábado, 26 de janeiro de 2013

III Domingo do Termpo Comum - ano C - 27 de janeiro

       1 – Regressa São Lucas, que nos acompanhará durante este ano litúrgico e que hoje nos apresenta o seu propósito: investigar, desde o princípio, a vida de Jesus, recolher toda a informação possível depois de outros já o terem feito a partir de testemunhos oculares, para que o amigo ilustre Teófilo fique seguro do que lhe ensinaram acerca de Jesus. A mensagem chega até nós. Segura e de confiança para ele, e para as comunidades que têm oportunidade de ler e/ou escutar, também para nós, fazendo-nos participantes da caminhada de Jesus, desde a Galileia a Jerusalém, da sinagoga à Cruz, inseridos na Igreja.
       O evangelho mostra outro início, depois do Batismo, no Jordão, e das Bodas de Caná, definitivamente, em Nazaré, Jesus entra numa espiral de vida pública, de anúncio da Boa Nova. Vai à Sinagoga, ao sábado, e respeita a tradição religiosa. Dão-lhe, para ler o rolo sagrado, com o texto de Isaías: «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos e a proclamar o ano da graça do Senhor».
       Após a proclamação do texto, senta-se, para refletir aquela passagem. Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes: «Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir».
       2 – No batismo, a vinda do Espírito Santo e a voz que vem do Pai, dando testemunho do Filho. Em Nazaré, Jesus confirma: cumpriu-se o tempo o Espírito do Senhor está sobre Mim. Os céus rasgaram-se e Deus vem até nós, faz ouvir a Sua voz, dá-nos o Seu Filho, que inaugura um tempo novo, de graça e justiça, de paz e de boa nova, anunciada prevalentemente aos pobres e desvalidos, a todos os que se dispõem a escutar e a acolher a novidade que vem da eternidade.
       O texto de Lucas, seguindo o profeta Isaías, acentua a BOA NOVA da salvação e não tanto a dinâmica de juízo, ainda que este se entenda por salvífico. Aquele que julga é o Mesmo que AMA e salva. A linguagem cristã – fazendo como Lucas, voltando ao início, ao contexto em que vive Jesus e os seus discípulos –, há de ser sobretudo positiva, num olhar carregado de esperança, de alegria, sabendo da proximidade da salvação, da presença de Deus no meio de nós.
       Nietzsche, a famoso filósofo ateu (pelo menos ateu dos deuses desenhados pelos seus contemporâneos), reclamava dos cristãos o testemunho da alegria, da confiança, que fossem e parecessem rostos de gente salva. Há situações na vida que não permitem exuberância. Porém, a certeza de nos sentirmos salvos em Jesus Cristo, permite-nos viver confiantes. Nem as alegrias nos colocam na lua, nem as tristezas nos levam ao inferno. Deus conduz a história e a garante a nossa vida para lá das oscilações do tempo presente. No entanto, esta garantia de Deus passa pelo nosso empenho em tornarmos visível no mundo inteiro o ROSTO e a PRESENÇA de Deus.

       3 – Não estamos sós, nesta peregrinação pela vida e pelo tempo. Deus, com Jesus, não apenas se coloca do nosso lado, mas faz-Se um de nós, entranhando-se na vida humana e ensinando-nos a viver humanamente.
       Não estamos sós, há uma multidão de santos que nos precede, que exemplifica a vivência da fé, e que junto de Deus ilumina a nossa caminhada. No dia 24 de abril de 2005, no início do Seu pontificado, na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Bento XVI sublinhava precisamente a companhia dos SANTOS, cuja ladainha tinha sido cantada por três vezes, no funeral de João Paulo II, na entrada dos Cardeais no Conclave para escolher um novo Papa, e nesta Missa inaugural, sublinhando que a fragilidade pessoal seria compensada pela santidade dos homens e mulheres que traduziram Cristo para os seus contemporâneos e pela oração de todos os crentes.
       Questionava Bento XVI: “E agora, neste momento, eu, frágil servo de Deus, devo assumir esta tarefa inaudita, que realmente supera qualquer capacidade humana. Como posso fazer isto?” E continuava: “não estou sozinho. Não devo carregar sozinho o que na realidade nunca poderia carregar sozinho. Os numerosos santos de Deus protegem-me, amparam-me e guiam-me. E a vossa oração, queridos amigos, a vossa indulgência, o vosso amor, a vossa fé e a vossa esperança acompanham-me”.
       Quando Jesus Se levanta para ler e para refletir a palavra de Deus, repete a Sua pertença ao POVO da Aliança. Quando, em cada Domingo, nos levantamos para escutar o Evangelho e nos sentamos para meditar, atualizamos o mistério que nos liga à humanidade, reunida para acolher Deus e a Sua mensagem de amor.
       4 – A primeira leitura acentua a importância de escutar a Palavra de Deus, com reverência, deixando que nos emocione, nos envolva, nos mova para a vida. A Palavra de Deus não é dita no passado, mas é DITA hoje, para nós. São muitas as que se deixam tocar pela palavra de Deus.
       Nesta leitura revemos o que fazemos em cada Eucaristia, em cada encontro cristão. Lemos, escutamos, meditamos, vamos (enviados) para casa, em atitude de alegria, de esperança e de testemunho. Não podemos silenciar o Espírito que ressoa em nós.
“O escriba Esdras estava de pé num estrado de madeira feito de propósito. Estando assim em plano superior a todo o povo, Esdras abriu o Livro à vista de todos; e quando o abriu, todos se levantaram. Então Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, erguendo as mãos: «Amen! Amen!». E prostrando-se de rosto por terra, adoraram o Senhor. O governador Neemias, o sacerdote e escriba Esdras, bem como os levitas, disseram a todo o povo: «Hoje é um dia consagrado ao Senhor vosso Deus. Não vos entristeçais nem choreis». – Porque todo o povo chorava, ao escutar as palavras da Lei –. Depois Neemias acrescentou: «Ide para vossas casas, comei uma boa refeição, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que não têm nada preparado. Hoje é um dia consagrado a nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa fortaleza».
       Sublinhe-se também a importância do DIA SAGRADO, consagrado ao Senhor. É DIA de descanso, de oração, de contemplação, de escuta e meditação da palavra, de envolvimento com a comunidade crente. É em POVO que escutamos, cantamos, choramos, e nos alegramos. Partilhamos a Palavra e o Pão. Atente-se de novo ao texto: ide para vossas casas, comei, bebei, reparti...

       5 – No texto de Neemias constatamos que, na comunidade, todos têm missões diferentes, o sacerdote Esdras, o Povo, os levitas. Diversos os serviços, os dons, mas a favor de todos.
       Jesus assume a Sua missão como serviço a todas as gentes. Faz o que Lhe compete, contando com o contributo de cada pessoa que encontra. Até para fazer milagres, conta com a fé, com a atitude de abertura de quem a Ele recorre.
       Note-se, por exemplo, um aspeto que diferencia João Batista e Jesus Cristo. João Batista vai para o deserto, para as margens de Israel. Jesus está dentro, no meio do povo, na sinagoga, nesta e naquela povoação. Os significados teológicos são significativos. João “obriga” o Povo a reentrar na Terra Prometida. Conversão, penitência, mudança de vida, para “merecer” a Terra prometida. Jesus é a própria Terra Prometida que Deus nos dá por herança, gratuitamente. Está no centro, entre nós, atraindo as margens para Si, para que todos O possam encontrar. Ele vê-Se bem.
       Na segunda leitura, o apóstolo Paulo relembra o nosso compromisso em Cristo Jesus. Fomos batizados no mesmo Espírito, na mesma fé. Jesus cumpre como CABEÇA e nós como membros. Sem dispensas.
“Assim como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, apesar de numerosos, constituem um só corpo, assim sucede também em Cristo. Na verdade, todos nós – judeus e gregos, escravos e homens livres – fomos batizados num só Espírito para constituirmos um só corpo e a todos nos foi dado a beber um só Espírito”.


Textos para a Eucaristia (ano C): Ne 8, 2-4a.5-6.8-10; 1 Cor 12, 12-30; Lc 1, 1-4; 4, 14-21.
Reflexão Dominical na Página da P

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Escola da Fé - ORAÇÃO TAIZÉ - SDPJ Lamego

YOUCAT - citações e sublinhados - Bento XVI

"Em Jesus Cristo, o próprio Deus fez-Se homem e permitiu-nos, por assim dizer, lançar um olhar na intimidade do próprio Deus. E ali vemos algo totalmente inesperado... O Deus misterioso não constitui uma solidão infinita; Ele é um acontecimento de amor... Existe o Filho que fala com o Pai. E ambos são um só no Espírito Santo que é, por assim dizer, a atmosfera do doar e do amar, que faz deles um único Deus" (03.06.2006).

"Deus é tão grande que Se pode tornar pequeno. Deus é tão poderoso que Se pode fazer indefeso, aproximando-Se de nós como uma criança indefesa, para que O possamos amar" (25.12.2005).

“Como pode Jesus distribuir o Seu Corpo e o Seu Sangue? Ao fazer do pão o Seu Corpo e do vinho o Seu Sangue, Ele antecipa a Sua morte, aceita-a no Seu íntimo e transforma-a numa ação de amor. Aquilo que exteriormente é violência brutal - a crucifixão - torna-se interiormente um gesto de amor que se doa totalmente” (21-08-2008).

"Onde desaparece Deus, o ser humano não se torna grande; ao contrário, perde a dignidade divina, perde o esplendor e Deus no seu rosto. No fim resulta somente o produto de uma evolução cega e, como tal, pode ser usado e abusado. Foi precisamente quanto a experiência desta nossa época confirmou" (15-08-2005)

"Cada um de nós é o fruto de um pensamento de Deus. Cada um de nós é querido, cada um de nós é amado, cada um é necessário" (24-04-2005).

"Somente a rocha do amor total e irrevocável entre o homem e a mulher é capaz de dar fundamento para a construção de uma sociedade que se torne casa para todas as pessoas" (11-05-2006).

"Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza" (Lisboa, 12-05-2010).
“Como pode Jesus distribuir o Seu Corpo e o Seu Sangue? Ao fazer do pão o Seu Corpo e do vinho o Seu Sangue, Ele antecipa a Sua morte, aceita-a no Seu íntimo e transforma-a numa ação de amor. Aquilo que exteriormente é violência brutal - a crucifixão - torna-se interiormente um gesto de amor que se doa totalmente” (21-08-2008).

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

YOUCAT - citações e sublinhados - Madre Teresa Calcutá

Madre Teresa de Calcutá, Beata - alguns dados biográficos AQUI.

"Pelo nascimento sou albanesa; pela nacionalidade, sou indiana; sou uma freira católica. Pela minha missão, pertenço a todo o mundo, mas o meu coração pertence a Jesus Cristo".

"Quando olhamos para a cruz, compreendemos a grandeza do Seu amor. Quando olhamos para a manjedoira compreendemos a ternura do Seu amor por ti e por mim, pela tua família e por cada família".

"O verdadeiro amor dói. Ele dói sempre. Amar uma pessoa custa mesmo; é doloroso abandoná-la e deseja-se morrer por ela. Quando as pessoas se casam, têm de deixar muitas coisas de lado para se poderem amar. A mãe que dá a vida a uma criança sofre muito. A palavra “amor” é tão mal entendida e abusa-se tanto dela".

"Ninguém teria sido melhor sacerdote do que ela [Maria] foi. Ela podia ter dito sem hesitar: «Isto é o Meu Corpo» porque Ela realmente ofereceu a Jesus a seu próprio corpo. E, no entanto, Maria permaneceu a despretensiosa serva do Senhor, para que pudéssemos recorrer sempre a ela como nossa mãe. Ela é uma de nós e estamos sempre unidos a ela. Depois da morte de seu Filho, ela continuou a viver na Terra, para fortalecer os Apóstolos no seu serviço, sendo sua Mãe, até que a jovem Igreja adquirisse forma".

"Pois só Ele é o Caminho, que vale a pena seguir, a Luz, que vale a pena acender, a Vida que merece ser vivida e o Amor que vale a pena amar".
"Amai os pobres e não lhes vireis as costas, pois, quando virais as costas aos pobres, virais as costas a Cristo. Ele próprio Se fez faminto, nu, sem-abrigo, para que vós e eu tenhamos possibilidade de O amar"

"A tuberculose e o cancro não são as piores doenças. Creio que a pior doença é não ser desejado nem amado "

"Não sei bem como será o Céu, mas sei que, quando morrermos, será tempo de Deus nos julgar. Então, Ele não nos perguntará: «Quantas coisas boas fizeste na tua vida?» Ele perguntar-te-á antes: «Com quanto amor fizeste aquilo que fizeste?»

"Nem mesmo Deus poderia fazer algo por alguém que não Lhe dá espaço. devemos estar completamente vazios, para O deixar entrar, para que Ele faça o que quer".

"O enigma é totalmente simples: eu pratico a oração. E por ela me uno ao amor de Cristo e vejo que orar é amá-l'O, orar é viver com Ele, e isso implica realizar as Suas palavras... Para mim, orar é estar ao longo de 24 horas unida à vontade de Jesus, viver para Ele, por Ele e com Ele".

"Há fome do pão ordinário, mas há também a fome de amor, de bondade e de atenção mútua - e esta é a grande pobreza que as pessoas hoje sofrem muito".

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

"Nunca escondais Deus e nunca vos escondais de Deus"

       No dia 21 de janeiro, segunda-feira, o Sr. Bispo D. António, juntamente com o Sr. Vigário-Geral, Pe. Joaquim Dias Rebelo, tinha hora marcada com os sacerdotes mais jovens desta nossa Diocese de Lamego, da parte da manhã na Casa de São José.
       O limite: sacerdotes ordenados desde o ano 2000. Ao todo estávamos 23 sacerdotes, sendo eu o mais antigo, de 2000, nascido e batizado na paróquia de São Pedro de Penude e o primeiro a ser ordenado na Diocese por D. Jacinto Botelho, e o mais recente, em julho passado, o Pe. Ricardo Barroco, nascido e batizado na paróquia de São Pedro de Penude, o primeiro a ser ordenado na Diocese por D. António Couto. Outra curiosidade, dois sacerdotes a servir em duas Dioceses vizinhas, Bragança-Miranda e Aveiro.
(A imagem não corresponde à notícia. Esta foi tirada na passagem de D. António Couto, por Tabuaço, na Santa Casa da Misericórdia, aquando da bênção das obras do santuário do Sabroso)

D. António Couto, depois da oração - Hora Intermédia - sugeriu-nos alguns aspetos para meditar, começando por evocar a virgem emártir Santa Inês, que a Igreja celebra neste dia.

       MEDITAR - médico, medicina... Meditar a Palavra de Deus para curar a nossa vida.
       Deus escreve em nós. Escreve o Perdão. "Nunca escondais Deus e nunca vos escondais de Deus"
       O último texto de Deus é a CRUZ. Na Cruz está escrita a nossa estupidez, mas está também escrito o nosso perdão. O AMOR é mais forte que a nossa estupidez.
       A nossa MISSÃO é EXPOR Deus e expormo-nos a Deus.
       Segundo PIO XII a maior heresia do século XX é o ATIVISMO - Eu em movimento. É nosso. É meu. Sou EU o centro. Sou eu que faço.
       No último Síndo dos Bispos sublinou-se precisamente que a Igreja não é chamada tanto a FAZER mas sobretudo a DAR A CONHECER o que Deus fez - REZAR (dar a conhecer o que Deus fez/faz).
       Um encontro leva tempo... 
       SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO - por aí passa a plenização do nosso sermos cristãos e sacerdotes.
       REZAR - dizer a história de Deus connosco. A Palavra de Deus é o que está antes da História.
       LITURGIA das HORAS - viver todas as horas... encher os nossos dias com a Palavra de Deus.
O que mais importa é NÓS estarmos disponíveis...
       O trabalho não deve ser o meu dono. Daí a importância do descanso e do DOMINGO... importa não me deixar dominar pelo trabalho.
       DEUS nunca é HABITUAL, sempre nos surpreende.
       O ESSENCIAL - oração/meditação.

       Houve depois tempo para diálogo, refletindo algumas vivências paroquais, seguindo-se almoço de confraternização. Mais uma oportunidade de refletirmos DEUS e o ministério sacerdotal.

Citação do Livro de Rute - Youcat

       «Não insistas para que te deixe, pois onde tu fores, eu irei contigo e onde pernoitares, aí ficarei; o teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus. Onde morreres, também eu que­­­­ro morrer e ali serei sepultada. Que o Senhor me trate com rigor e ainda o acrescente, se até mesmo a morte me separar de ti»  Rt 1, 16-17

YOUCAT - Catecismo Jovem da Igreja Católica

       No 11 de outunro (2012) iniciou-se o ANO da FÉ, proposto pelo Papa Bento XVI, por ocasião da celebração dos 50 anos do concílio Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Nessa mesma altura, irá decorrer a Assembleia Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a transmissão da Fé cristã.
       LEITURAS obrigatórias para o ANO DA FÉ: a BÍBLIA; os Documentos do concílio VATICANO II; o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, publicado em 1992, por João Paulo II e cuja coordenação esteve a cargo do atual Papa, então Cardeal Joseph Ratzinger; a Carta Apostólica Porta da Fé (11 de outubro de 2011), em que Bento XVI promulga/convoca o Ano da Fé e aponta as coordenadas para viver este ano.
       O Catecismo da Igreja Católica é uma referência fundamental para a nossa identidade católica. Assume contributos de muitos estudiosos, dos bispos das dioceses, do mundo inteiro, de congregações, de fiéis, religiosos, sacerdotes... Foi um trabalho demorado, mas cuja objetivo era condensar o essencial do catolicismo, em linguagem acessível a todos, esclarecedora, e referência incontornável.
       Dada esta importância, foram publicados outros subsídios para ajudarem a ler o Catecismo.
       Em 2005 (28 de junho: vigília da solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo), Bento XVI promulgava o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, passavam então, segundo o próprio Papa, 20 anos do início da elaboração do Catecismo da Igreja Católica. O compêndio é de fácil leitura, apresentando-se em formato de perguntas - respostas.
       Em 2011, ano da Jornada Mundial da Juventude, que se realizou em Madrid, na vizinha Espanha, é dado à estampa um novo contributo para divulgação do essencial da Mensagem cristã, experimentada/vivida pelas comunidades católicas, em comunhão com o Papa e com os Bispos, sucessores dos Apóstolos.
       YOUCAT (Youth Catechism of the Catholic Church - Catecismo Jovem da Igreja Católica) é uma proposta apelativa para os mais jovens, mas como outras leituras, também esta poderá ser acessível para todas as idades. Segue a mesma lógica do Compêndio, seguindo o formato de pergunta e resposta, remetendo para o Catecismo, e apresentado frases ilustrativas de autores célebres a desconhecidos, ligados à Igreja, à cultura, à arte, ao desporto,... com imagens inspiradoras.
       Tal como o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA e também o COMPÊNDIO, o Catecismo Jovem divide em quatro Partes:
  1. Em que cremos (= A Profissão de Fé)
  2. Como celebramos os mistérios cristãos (= A celebração do mistério Cristão)
  3. A vida em Cristo
  4. Como devemos orar (= A oração cristã)
       São 527 questões, que condensam os 2865 números do Catecismo e as 598 questões do Compêndio.
       Pode ler-se de maneiras diferentes. Lendo tudo seguido, seguindo, na margem das páginas, as "citações" de nomes consagrados, dos Papas, da Bíblia; lendo o corpo, as perguntas e respostas e depois voltando a ler as citações. Começando pelo início ou lendo/meditando os temas mais sugestivos para cada um. Ou recorrendo ao índice remissivo, índice de conceitos, que remete para a(s) página(s) respetivas. Pode ler-se de uma assentada. Ou conforme a disposição. Pode ler-se aos bocados e sublinhar o que naquele momento tem mais relevância.
       Os nossos sublinhados irão aparecer por aqui, citações, questões e respostas.
       Pode ler-se a partir de páginas da internet em português como por exemplo:  
       O YOUCAT conta ainda com a Carta de Apresentação do Papa Bento XVI e do Posfácio do Cardeal-Patriarca D. José da Cruz Policarpo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

YOUTRAVEL - a viagem do YouCat, em Lamego

       No sábado, 19 de janeiro, o projeto YOUTRAVEL, que andará pelo país, a divulgar o Catecismo Jovem da Igreja Católica, oportunidade para rezar e dizer a FÉ que professámos e que testemunhamos aos outros.
       Youcat é uma ferramenta, neto do Concílio Vaticano II, e filho do Catecismo da Igreja Católica, para tornar perceptível aos jovens a linguagem do Catecismo, balizando os princípios e valores fundamentais da fé cristã e da inserção à comunidade crente.
       Adaptado para os jovens, será oportuno e benéfico também para os adultos. Com a ligação ao Catecismo, com testemunhos, imagens, citações, numa apresentação muito juvenil.
       O desejo do Papa Bento XVI é que este jovem Catecismo fosse estudo, individualmente, em grupo, por jovens, catequsitas, em encontros de cristãos. O projeto YOUTRAVEL responde ao desafio do Papa. O Departamento Nacional da Juventude e a Editora Paulus fazem viajar o Youcat pelas Dioceses portugueses.
       Foi a vez da Diocese de Lamego, em encontro realizado no Centro Pastoral de Almacave, promovido pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e pelo Secretariado Diocesano da Catequese, contoou com jovens e catequistas da paróquia de Tabuaço e da paróquia de Barcos.
       Mais um momento de oração e formação, que reverte a favor dos participantes, mas, logicamente, a favor das comunidades de origem.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Diocese de Lamego - Solenidade de São Sebastião

       Excerto da Homilia de D. António Couto, Bispo de Lamego, na Sé Catedral, na celebração da Eucaristia, em honra do Pardroeiro Prinicpal da Diocese de Lamego:


sábado, 19 de janeiro de 2013

II Domingo do Tempo Comum - ano C - 20 de janeiro

SOLENIDADE DE SÃO SEBASTIÃO,

PADROEIRO DA DIOCESE DE LAMEGO


       1 – Com o Batismo de Jesus, no último domingo, iniciámos o TEMPO COMUM, que será interrompido com a Quaresma e Tempo Pascal, e nos levará até o próximo ano litúrgico que sempre inicia com o Advento. É comum ou ordinário, mas não é um tempo vazio ou secundário, é uma oportunidade para o cristão “contemplar de perto, episódio após episódio, toda a vida histórica do seu Senhor, desde o Batismo no Jordão até à Cruz e à Glória da Ressurreição” (D. António Couto).
       Depois do Batismo, a liturgia da palavra apresenta-nos Jesus nas Bodas de Canaã, na vida comum, no quotidiano das pessoas e das famílias. Assim O veremos em momentos de festa, de alegria e nos momentos de tristeza e luto. Jesus não está acima ou à margem. Está no meio, no centro da vida humana. Vai às margens para trazer para a luz, para a vida, para a felicidade aqueles que se perderam ou estão em vias disso.
       Como membro da comunidade, e certamente da família, também vai à festa. Estão todos. Sua Mãe. Os discípulos. São José já teria morrido, por isso não está presente. Onde pulsa a vida, Jesus diz presente. E a Sua presença passa a ser notada, ainda que de forma discreta, mas eficiente.
       O quadro que nos é apresentado por São João é revelador. Vejamos o texto.
       2 – “A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe: «Não têm vinho». Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora». Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele vos disser». Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos judeus, levando cada uma de duas a três medidas. Disse-lhes Jesus: «Enchei essas talhas de água». Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». E eles levaram. Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, – ele não sabia de onde viera, pois só os serventes, que tinham tirado a água, sabiam – chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora».
       Antes de mais a delicadeza de Maria, Mãe de Jesus. Atenta. Discreta. Interventiva. Recorre a Quem deve recorrer. Confiante, cheia de graça e de fé. Intercede. E não duvida de Jesus, ainda que o Filho a chame a atenção. E dá uma ordem clara – fazei tudo o que Ele vos disser. Também é para nós esta recomendação, sabendo que se fizermos o que Ele nos disser, entramos no Seu caminho de salvação e vida nova.
       Jesus faz a Sua parte. Conta connosco. Mais uma experiência para a qual os discípulos estão convocados. O milagre acontece quando damos o melhor de nós mesmos, o que temos, mesmo que seja uma bilha de água. Deus opera a salvação em nós, transforma-nos no mais saboroso e suculento vinho para a festa. Criou-nos sem nós, como diz Santo Agostinho, mas não nos salva sem nós, sem a nossa resposta.
       O bom vinho chega com Jesus Cristo. Definitivamente está na nossa vida. Do nosso lado.
       3 – O profeta Isaías intui, de forma sublime, a vinda do Messias de Deus, que ora vemos concretizado em Jesus Cristo. Com Ele chegará o tempo de graça e salvação, será restabelecida toda a justiça.
“Os povos hão de ver a tua justiça e todos os reis a tua glória. Receberás um nome novo, que a boca do Senhor designará... Não mais te chamarão «Abandonada», nem à tua terra «Deserta», mas hão de chamar-te «Predileta» e à tua terra «Desposada», porque serás a predileta do Senhor e a tua terra terá um esposo. Tal como o jovem desposa uma virgem, o teu Construtor te desposará; e como a esposa é a alegria do marido, tu serás a alegria do teu Deus”.
       Os que são envolvidos por esta LUZ, nova e bela, tornar-se-ão anunciadores, testemunhas, gritando a salvação, transparecendo em Si mesmos a graça que acolhem de Deus, como se reza no salmo: “Anunciai dia a dia a sua salvação, publicai entre as nações a sua glória, em todos os povos as suas maravilhas”.
       4 – Cumpre-nos acolher a salvação de Deus, pela fé que professamos, pela esperança que anunciamos, pela caridade que nos aproxima dos outros para neles encontrar a PRESENÇA de Deus. Somos diferentes, é certo, na idade, no tempo, nas qualidades, e nas limitações, no temperamento, no lugar em que nos encontramos, mas o compromisso com Jesus é para todos. Batizados na mesma fé, no mesmo Espírito Santo, com a nossa vida havemos de levar Jesus mais longe, ao coração de cada pessoa que encontramos, nas mais diversas situações e circunstâncias.
       Belíssima mensagem do apóstolo, salientando como os dons são concedidos a uns mas a favor de todos:
“Há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum... é um só e o mesmo Espírito que faz tudo isto, distribuindo os dons a cada um conforme Lhe agrada”.
       5 – Celebrámos, na nossa Diocese de Lamego, a solenidade do Padroeiro principal, mártir São Sebastião, o bom soldado de Cristo. O patrono escolhido deverá ser uma referência que inspire a viver o Evangelho na identificação com Jesus Cristo, morto e ressuscitado.
       A vida de São Sebastião, naquilo que a tradição assimilou e transmitiu, é um exemplo como a fé ajuda a ultrapassar os obstáculos da vida e como o cristão se pode santificar nas mais diversas profissões e/ou ocupações. Mais forte que tudo, é o amor a Deus. Sebastião seria soldado romano, vinculado à guarda pretoriano do grande perseguidor da Igreja, Diocleciano, responsável por demasiados martírios de cristãos. De Milão, o jovem soldado deslocou-se para Roma, onde a perseguição era mais intensa e feroz, para testemunhar a fé e defender os cristãos.
       Primeiro cai nas graças do imperador, logo a defesa da fé cristã e a intercessão pelos cristãos perseguidos desencadeiam a sua morte, que seria com setas, estando preso a uma árvore. É deixado como morto. Entretanto uma jovem, de nome Irene (santa Irene?) passou e verificou que ainda estava vivo. Levou-o para casa e curou-lhe as feridas. Antes de estar completamente restabelecido voltou junto do imperador para defender os cristãos, condenando-lhe a impiedade e injustiça. Desta feita, foi morto através de vergastadas. É um segundo martírio. Sepultado nas catacumbas, na via Ápia, logo começou a ser venerado como santo.
       Testemunhou a fé, com coragem e alegria, a partir da sua vida, como jovem soldado, cristão. Daqui se conclui que a santidade é possível em qualquer trabalho, em qualquer vocação, em qualquer compromisso humano.


Textos para a Eucaristia (ano C): Is 62, 1-5; Sl 95 (96); 1 Cor 12, 4-11; Jo 2, 1-11.